Apesar dos interesses divergentes de 47 mil participantes de 194 países na COP30, a estratégia diplomática do Brasil, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, vem impedindo que impasses paralisem as negociações. Desde o início, Corrêa do Lago tem adotado medidas para manter a fluidez no diálogo e evitar o esvaziamento do encontro.
Estratégia para evitar impasses na COP30
Nesta semana, ao perceber dificuldades em avançar em temas centrais, a presidência decidiu dividir as discussões em dois blocos para facilitar o diálogo e superar divergências. Entre os pontos prioritários estão financiamento, ambição climática, relatórios de transparência e medidas comerciais unilaterais.
Avanços rumo a um acordo global
Na terça-feira (18), foi publicada uma versão preliminar do que foi denominada “Mutirão Global”, um documento de nove páginas com 58 tópicos essenciais. O texto apresenta propostas para solucionar o dilema do financiamento aos países em desenvolvimento, estabelecendo cronogramas para atingir US$ 1,3 trilhão em recursos destinados a enfrentar impactos climáticos.
Segundo o embaixador André Corrêa do Lago, “a presidência identificou um alto grau de convergência e alinhamento, tanto nas contribuições escritas quanto nas orais”. A estratégia brasileira tem sido ampliar o espaço para o diálogo, oferecendo propostas concretas para questões críticas, o que vem sendo bem avaliado nos bastidores da conferência.
Perspectivas futuras
Embora ainda sem um consenso definitivo, as negociações parecem estar no caminho certo. Os próximos dias serão decisivos para determinar se haverá um desfecho satisfatório para as discussões. A diplomacia brasileira demonstra otimismo com a continuidade do processo e a possibilidade de avanços significativos na agenda climática global.
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