Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Marcos do Val confronta diretor da PF em CPI e se diz perseguido

O senador Marcos do Val critica ações da Polícia Federal e se autodenomina 'perseguido político' durante sessão da CPI do Crime Organizado.

Na última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) aproveitou a presença do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, para apresentar suas queixas e confrontar a atuação da corporação que, segundo ele, tem sido instrumentalizada para fins políticos. O parlamentar afirmou ter recebido um comunicado de uma entidade internacional que o considera um “perseguido político”, enfatizando que sua situação individual reflete um problema maior na relação entre as instituições e o Estado.

A crítica de Marcos do Val

Durante sua fala, Marcos do Val denunciou um “uso coordenado das estruturas do Estado”, especialmente por parte da PF, para proteger aliados políticos e intimidar opositores. Ele citou a utilização de investigações seletivas, vazamentos de informações e comunicação oficial sem respaldo técnico, que, segundo ele, configuram uma prática de obstrução à justiça, controle da informação e intimidação de testemunhas.

“Esse modus operandi visa silenciar fiscalização e renovar o controle por meios espúrios”, criticou o senador, ressaltando a importância da CPI em mapear esses vínculos institucionais e restaurar a governança.

Exposições e ilustrações de Marcos do Val

Para reforçar suas alegações, o senador apresentou uma série de materiais da imprensa e publicações em redes sociais que, segundo ele, corroboram suas afirmações. Um dos exemplos foi uma montagem que ele criou, retratando o rosto de um delegado da PF no corpo de uma criança, insinuando que a imagem estaria ligada à família do agente, o que ele considerou uma forma de retaliação.

O senador teve a oportunidade de fazer perguntas ao diretor da PF durante os dez minutos que lhe foram concedidos, mas optou por fazer uma exposição sobre as operações da PF que o tiveram como alvo. Uma dessas operações, ocorrida em agosto deste ano, levou à determinação judicial de que o parlamentar usasse tornozeleira eletrônica, decisão que posteriormente foi revertida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues

A investigação em curso e suas implicações

É importante mencionar que o senador Marcos do Val está sob investigação desde 2024 por suposta tentativa de obstrução de investigações relacionadas a organizações criminosas. Ele é suspeito de incitar ataques contra instituições, incluindo o STF e a própria Polícia Federal, e de divulgar dados pessoais de delegados envolvidos em investigações críticas.

Resposta de Andrei Rodrigues

Em resposta às alegações de Marcos do Val, o diretor da PF, Andrei Rodrigues, destacou que não iria adentrar na questão das supostas perseguições políticas, afirmando que o foro adequado para essas discussões seria o STF. Ele desafiou publicamente o senador a apresentar provas concretas de quaisquer perseguições ou proteções que a PF teria realizado.

Rodrigues reafirmou que a PF mantém sua postura como uma instituição de Estado, focada em cumprir sua missão sem se desvirtuar, independentemente das pressões e situações políticas que possa enfrentar. “Aqui mesmo foi comentado sobre operações que transcendem lados políticos, e em nenhum momento a polícia se desviou de seu papel”, finalizou.

As declarações de Marcos do Val e a resposta de Andrei Rodrigues ilustram a complexa dinâmica entre a política e as instituições de segurança pública no Brasil, revelando a necessidade de um debate contínuo sobre a integridade das investigações e a proteção contra abusos de poder.

Para mais detalhes sobre o que ocorreu na CPI, acesse o link da fonte.

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