Brasil, 18 de dezembro de 2025
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Hugo Motta barra proposta que equipara facções a grupos terroristas

Durante a votação do PL Antifacção, presidente da Câmara dos Deputados rejeitou mudanças que equiparariam facções a organizações terroristas.

Na manhã desta terça-feira (18/11), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tomou uma decisão polêmica que impactou a votação do Projeto de Lei Antifacção. Motta impediu que qualquer proposta que equiparasse facções criminosas a grupos terroristas fosse discutida, provocando uma série de reações na Casa legislativa.

O embate legislativo

Durante a votação, o deputado e líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), apresentou um destaque que visava incluir essa equiparação no projeto. Entretanto, a proposta foi rapidamente retirada após a intervenção de Motta. O presidente da Câmara argumentou que a alteração não era pertinente, classificando-a como um “jabuti”—termo usado na política para se referir a trechos que não têm relação direta com o projeto original.

Motta fez questão de ressaltar: “Esta presidência comunica ao plenário que não serão admitidos destaques que tenham por objeto a inclusão, modificação ou supressão de dispositivos relacionados à Lei nº 13.260, de 2016, a Lei antiterrorismo, no âmbito do Projeto de Lei nº 5.582, de 2025.” Ele ainda destacou que o projeto em discussão tinha um “objeto claro e delimitado em sua ementa”.

Reações na Câmara dos Deputados

A decisão causou descontentamento entre os deputados da oposição, que argumentam que a equiparação é um passo necessário no combate ao crime organizado e às facções que atuam no Brasil. Eles alegam que a proposta de Motta não deve obscurecer a urgência de um debate mais profundo sobre a relação entre o crime organizado e o terrorismo.

O deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que a equiparação permitiria uma resposta mais robusta contra o narcotráfico e a violência que assola várias regiões do país. “É fundamental que o Parlamento considere todos os aspectos do problema que vivemos e, por isso, essa mudança seria crucial”, afirmou ao sair do plenário.

Controvérsias e argumentos

No entanto, a visão de Motta é de que o Brasil já conta com legislações específicas para lidar com o terrorismo, e que a tentativa de incluir essa equiparação ao PL Antifacção poderia desvirtuar o foco da proposta, que visa aprimorar o combate a organizações criminosas. A argumentação se baseia na premissa de que a inclusão dessas mudanças poderia abrir precedentes e complicar a legislação vigente.

Diante deste embate, a sessão da Câmara prosseguiu, mas está claro que a questão levantada por Sóstenes e pelos outros membros da oposição não será facilmente apagada do debate político. A tensão entre a necessidade de um enfrentamento direto ao crime organizado e a aplicação das leis antiterrorismo promete ser um tema recorrente nas próximas discussões legislativas.

O futuro do PL Antifacção

À medida que avançam as discussões sobre o PL Antifacção, o cenário se torna cada vez mais complexo. Os deputados continuarão a debater suas visões sobre o que constitui uma resposta eficaz ao crime organizado, enquanto o presidente da Câmara permanecerá firme em sua posição de manter a proposta alinhada ao seu escopo original.

Enquanto isso, parlamentares como o senador Vieira e outros já estão iniciando diálogos para buscar um consenso que possa englobar as diversas facetas deste importante tema. A relevância do projeto se torna ainda mais evidente em um contexto onde a segurança pública é uma prioridade e uma preocupação constante entre os cidadãos brasileiros.

À medida que novas informações e discussões surgem, o público poderá acompanhar os desdobramentos desse importante projeto e entender como ele poderá impactar o futuro do combate ao crime no Brasil.

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