Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Mercado revisa expectativa de inflação para 2025 abaixo do limite do sistema de metas

Economistas reduziram a previsão de inflação para 2025, indicando que o Brasil deve fechar o ano sem estourar a meta oficial

Os economistas do mercado financeiro ajustaram para baixo a estimativa de inflação para 2025, passando de 4,55% para 4,46%, conforme divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC) no boletim Focus. Essa é a primeira vez neste ano que a projeção de inflação fica abaixo do teto de 4,5% do sistema de metas.

Expectativa de inflação dentro da meta em 2025

Desde o início do sistema de meta contínua, em 2025, o objetivo do BC é manter a inflação em 3%, permitindo uma variação entre 1,5% e 4,5%. Se a previsão se confirmar, o país não deverá enfrentar o “estouro” da meta neste ano, o que representaria um alívio para a economia e para a população.

A projeção revisada ocorre após o IPCA de outubro, que somou apenas 0,09%, sendo a menor taxa para o mês em 27 anos. Os economistas ficaram surpreendidos com o dado, já que a expectativa anterior era de 0,26%. Esse resultado foi influenciado principalmente pela redução de 2,39% no preço da energia elétrica residencial, devido à mudança na bandeira tarifária.

Fatores que contribuem para a contenção da inflação

A manutenção elevada da taxa de juros, atualmente em 15% ao ano — a mais alta em quase 20 anos —, também é considerada um fator para a desaceleração da inflação. Segundo o Banco Central, o efeito das decisões de política monetária demora de seis a 18 meses para se manifestar integralmente na economia, influenciando as expectativas de inflação.

Outra mudança importante foi a entrada de Gabriel Galípolo na presidência do BC, no início de 2025, substituindo Roberto Campos Neto. Assim, o comando da instituição passou a ser majoritariamente conduzido por indicados do governo Lula, o que pode ter influenciado as estratégias de política econômica.

Perspectivas para os próximos anos

Para 2026, a projeção de inflação permanece em 4,20%, enquanto para 2027 e 2028, as expectativas continuam em 3,80% e 3,50%, respectivamente. As estimativas do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também permanecem estáveis, em 2,16% para 2025 e 1,78% para 2026.

Taxas de juros e câmbio

O mercado mantém a previsão de que a taxa básica de juros – a Selic – fecharia 2025 em 15%. Para 2026, a expectativa de redução continua em 12,25%, e, para 2027, em 10,50% ao ano. Quanto ao dólar, a previsão para o final de 2025 caiu de R$ 5,41 para R$ 5,40, indicando relativa estabilidade na taxa de câmbio.

Outras estimativas econômicas

Segundo o Banco Central, as projeções para a balança comercial permanecem positivas, com superávit de cerca de US$ 62 bilhões em 2025 e US$ 66 bilhões em 2026. A entrada de investimentos estrangeiros também foi mantida em US$ 70 bilhões para ambos os anos.

De acordo com analistas, a melhora na controle da inflação deve contribuir para maior estabilidade econômica e maior poder de compra da população, especialmente para os salários mais baixos, que tendem a ser mais impactados por altas nos preços.

Para conferir a íntegra do boletim Focus, acesse o site do G1.

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