Brasil, 25 de novembro de 2025
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Gestantes em Teresina terão novo pré-natal após estudo confirmar calor extremo como risco à saúde

Pesquisa científica confirma os riscos do calor extremo para gestantes em Teresina e impulsiona nova política de pré-natal na cidade

A cidade de Teresina dará início a uma mudança no acompanhamento pré-natal de gestantes, reconhecendo o calor extremo como fator de risco à saúde. Essa iniciativa surge após a confirmação, por meio de estudo, dos impactos do calor intenso na saúde das grávidas na capital piauiense.

Estudo revela impactos do calor na saúde das gestantes

A pesquisa intitulada “Análise do impacto do calor na saúde da mulher gestante de Teresina”, conduzida pela Agenda Teresina 2030 durante o período do B-R-O BRÓ e que contou com 411 gestantes atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, apontou diversos efeitos nocivos do calor prolongado. Entre esses efeitos estão infecção urinária, inchaço, aumento da pressão arterial, infecções ginecológicas e impactos na saúde mental das mulheres grávidas.

Consequências para o desenvolvimento fetal

Dados internacionais reforçam o entendimento de que o calor excessivo pode prejudicar o fluxo sanguíneo fetal, além de aumentar a incidência de pré-eclâmpsia, contribuindo para complicações no desenvolvimento do bebê. Os achados da pesquisa despertaram a atenção das autoridades de saúde em Teresina.

Implementação de um novo protocolo de pré-natal

Segundo Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030, a parceria com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem sido fundamental na construção de uma nova abordagem no pré-natal. “O que estamos fazendo é construir, junto com os profissionais da saúde, um novo pré-natal, que atenda às necessidades dessas gestantes, levando em consideração o impacto do calor”, afirmou Madeira.

Ele destacou também a importância de informar melhor as gestantes sobre os riscos do calor extremo e de ajustar as rotinas de atendimento para que o impacto do calor seja considerado um marcador clínico e epidemiológico durante as consultas. “Precisamos colocar o calor no centro das políticas de saúde da cidade”, reforçou Breno Noah, médico da equipe técnica da FMS.

Perspectivas futuras na atenção à saúde materna

A nova política de saúde deve garantir maior proteção às gestantes expostas às altas temperaturas, principalmente nas regiões mais vulneráveis socialmente. A iniciativa pretende reduzir complicações na gravidez e melhorar a qualidade do pré-natal, contribuindo para o nascimento de bebês mais saudáveis em Teresina.

Com o reconhecimento do calor extremo como fator de risco, a administração municipal reforça seu compromisso com a saúde materna e o desenvolvimento sustentável na cidade, buscando adaptar as ações às condições climáticas cada vez mais extremas que vêm se intensificando na região.

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