Brasil, 13 de novembro de 2025
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Vendas do varejo desaceleram e devem repetir resultados de 2024, aponta especialista

Dados do IBGE revelam queda de 0,3% no volume de vendas no comércio em setembro, sinalizando desaceleração do setor neste ano

O setor de comércio vem mostrando sinais de desaceleração, conforme dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. O volume de vendas no varejo caiu 0,3% em setembro, frente a agosto, contrariando a expectativa de crescimento de 0,4% do mercado. Após atingir o seu recorde em março, o setor apresentou, nos últimos seis meses, apenas uma leve alta, próxima de zero.

Perspectivas para as vendas de Natal e impactos na economia

Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, o cenário indica que as vendas de Natal deste ano não devem superar as de 2024, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores. “Se reverte uma tendência de crescimento constante nos últimos anos, o que reforça que a economia está em franca desaceleração”, afirmou Tobler. Os resultados recentes do comércio sugerem que o setor já começa a sentir os efeitos do aumento da inflação e juros altos.

Desempenho uniforme no varejo e tendências futuras

O especialista destaca que a desaceleração no varejo ocorre de forma generalizada, sem destaque para segmentos específicos. Em setembro, seis das oito atividades pesquisadas tiveram variações negativas. “Não há sinais de reversão do quadro até o momento”, reforçou Tobler. Ele também informa que, apesar das sazonalidades, como Black Friday e Natal, não há expectativa de melhora significativa nos números em relação ao mesmo período do ano passado.

Cenário cambial e perspectivas econômicas

O dólar, por sua vez, acumula uma queda de 14,68% no ano, fechando na menor cotação desde junho, o que traz certo alívio ao mercado cambial. Segundo especialistas, essa valorização do real sinaliza um quadro de incertezas, com todos os segmentos econômicos perdendo fôlego e apresentando oscilações mês a mês.

De acordo com Tobler, “não há previsão de mudanças no quadro atual, que tende a permanecer até o final do ano”. Em novembro, a expectativa de aumento nas vendas devido à Black Friday e às compras de Natal deve ser moderada, sem impulsionar uma recuperação consistente no setor.

Para mais detalhes, consulte a análise completa no link original.

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