A Unimed-Rio lançou uma campanha promocional oferecendo descontos de 50% para médicos cooperados quitarem dívidas acumuladas nos anos anteriores até o dia 30. A ação visa regularizar os débitos de ex-cooperados, mas levanta preocupações entre os profissionais sobre a transparência das finanças e a possibilidade de custos adicionais para os cooperados que permanecerem na cooperativa.
Dívidas e transparência questionadas
Profissionais reclamam da falta de clareza ao verificar o valor devido somente ao assinar o documento que formaliza a saída da cooperativa. A cooperativa garante que a ação é exclusivamente para regularizar dívidas de ex-cooperados, sem impacto financeiro para os atuais. Contudo, há dúvidas se os custos restantes de quem quitar a dívida serão absorvidos pelos demais cooperados.
Quanto a Unimed-Rio deve?
Além de dívidas com fornecedores de serviços médicos, a Unimed-Rio possui uma enorme dívida com seus próprios segurados, que não recebem honorários de consultas, cirurgias e procedimentos desde que a crise financeira começou. Segundo a Associação de Hospitais do Estado do Rio (Aherj), os débitos com clínicas, hospitais e laboratórios ultrapassam R$ 2 bilhões.
A situação financeira da operadora também inclui uma dívida de cerca de R$ 2,1 bilhões com a Fazenda Nacional, decorrente de parcelamentos e acordos recentes, envolvendo dívidas tributárias e outros débitos não previdenciários.
Atendimento e impacto na rede credenciada
Desde a crise, o atendimento aos cerca de 370 mil usuários vem sendo reduzido. Diversas unidades de hospitais e clínicas importantes, como Rede D’Or e hospitais da Rede Américas, suspenderam ou reduziram a cobertura, deixando de atender pacientes da Unimed-Rio. A saída da Oncoclínicas, que atendia 12 mil pacientes oncológicos, agravou ainda mais a situação, levando os usuários a buscar alternativas no Espaço Cuidar Bem, gerenciado pela própria cooperativa.
Perspectivas futuras e riscos
Especialistas apontam que a falta de transparência e a crise financeira podem levar a mais perdas para os cooperados e segurados. A expectativa é que o Ministério das Comunicações avalie as possíveis consequências da falência da operadora e cogite transferência de serviços a outra empresa, diante do atual cenário de insegurança financeira.
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