Brasil, 13 de novembro de 2025
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Previsões para safra de 2026 indicam estabilidade nos preços de alimentos

Estimativas divergentes do IBGE e da Conab apontam safra robusta, sem pressão alta sobre a inflação de alimentos em 2026

As estimativas para a safra de 2026, divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentam números distintos. Enquanto o IBGE projeta uma queda de 3,7% na produção, com volume estimado de 332,7 milhões de toneladas, a Conab prevê um crescimento para 354,8 milhões de toneladas. Apesar das diferenças, analistas avaliam que o cenário não deve pressionar significativamente a inflação de alimentos.

Perspectivas para a safra de 2026 e o impacto na inflação

Segundo o professor Felippe Serigati, da FGV Agro, tanto o Instituto quanto a companhia estimam uma safra de bons tamanhos, especialmente porque grande parte da produção ocorrerá sob condições de clima neutro, favorável ao Brasil e ao mercado global. “Independentemente do número mais próximo da realidade, a expectativa é de uma safra que não pressionará os preços de alimentos básicos”, afirma Serigati.

Considerações sobre a produção de arroz, feijão e commodities

Mesmo com as previsões de redução na produção de arroz (-6,5%) e feijão (-1,3%), o especialista garante que a colheita ainda será suficiente para abastecer o mercado interno. No entanto, ele aponta que a demanda crescente por soja e milho, impulsionada pela produção de biocombustíveis, pode gerar alguma pressão adicional nos preços dessas commodities.

Demanda por biocombustíveis e menor produção de cana

Serigati destaca que os alimentos essencialmente consumidos na mesa do brasileiro tendem a não sofrer impacto de preços, mas há disputa pela soja, milho e cana-de-açúcar. A previsão indica uma safra menor de cana, com uma redução de 4,5% na produção de açúcar total recuperável (ATR).

Repercussões no mercado de carnes

Os preços das carnes, que tiveram alta após meses de estabilização, podem voltar a pressionar a inflação. De acordo com Serigati, isso acontece por causa de um ciclo pecuário: após uma fase de abates de fêmeas iniciada em 2024, há uma recuperação na valorização do bezerro, incentivando os produtores a preservarem o rebanho para reprodução, o que pode limitar o volume de oferta e elevar os preços.

Tendências futuras e efeitos na inflação

“A recuperação do preço do bezerro tende a modificar o ciclo de abates, o que impacta os preços da carne, mas, de modo geral, espera-se que os alimentos básicos de consumo popular mantenham estabilidade”, conclui o especialista.

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