No último dia 13 de novembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou uma nova rodada de visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa decisão atende a um pedido formal da defesa do ex-mandatário e estabelece um cronograma para visitas que ocorrerão entre os dias 24 de novembro e 11 de dezembro de 2025.
Visitas autorizadas a aliados
A autorização abrange a visita de importantes aliados políticos de Bolsonaro, incluindo os governadores Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, além do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que também foi secretário de Segurança Pública de São Paulo. Moraes já havia liberado a visita do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anteriormente, que poderá encontrar Bolsonaro no dia 21 de novembro, entre 9h e 18h.
A situação de Jair Bolsonaro
Atualmente, Jair Bolsonaro cumpre pena em prisão domiciliar enquanto aguarda uma decisão do STF sobre a pena imposta após sua inclusão no inquérito sobre tentativas de golpe. Esse inquérito investiga as alegações de obstrução da justiça e as tentativas de Bolsonaro de interferir em investigações políticas.
Longo período de confinamento
O ex-presidente já ultrapassa a marca de 100 dias em prisão domiciliar. Durante esse período, Moraes impôs diversas medidas cautelares contra Bolsonaro, que incluiu o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e restrições de contato com diplomatas, além da proibição de utilizar redes sociais. O descumprimento dessas restrições culminou na decisão de Moraes de decretar sua prisão domiciliar em 4 de agosto, ao notar que o ex-presidente participou de manifestações pro-anistia por meio de videochamada.
Com essas novas autorizações, o ex-presidente poderá ter contato com seus aliados, o que poderá ajudar a fortalecer suas relações políticas em um período tão complexo como o que está vivendo, longe dos holofotes e restrito em seus movimentos.
Reações e expectativas
A decisão de liberá-lo para receber visitas gerou reações diversificadas entre os políticos e a população, dividindo opiniões sobre a legalidade e a moralidade do tratamento dado a Bolsonaro em comparação com outros presos. Grupos a favor do impeachment de Moraes e aqueles que apoiam uma maior liberdade para o ex-presidente se manifestaram prontamente. De um lado, ativistas lembram a necessidade de igualdade em relação às normas para todos os cidadãos, e do outro, defensores de Bolsonaro veem a liberação das visitas como um gesto positivo para amenizar a situação do ex-presidente.
A opinião pública observa atentamente os desdobramentos desse caso, visto que as visitas poderiam servir de apoio moral e político para Bolsonaro em sua luta diária desde que foi afastado da Presidência da República. Os próximos meses serão cruciais para entender a influência que essas visitas poderão ter sobre o cenário político brasileiro.
Aguardamos, assim, uma reação do STF e do próprio Jair Bolsonaro, que pode utilizar essas visitas como uma forma de se reaproximar de seus apoiadores e recomeçar a traçar seus planos políticos para o futuro.

Essa autorização de visitas pode ser vista como um ponto de virada na narrativa política de Bolsonaro e pode trazer à tona debates sobre a imparcialidade do sistema judicial no Brasil.

