Brasil, 13 de novembro de 2025
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Manchester United é processado por suposto caso de abuso nos anos 1980

O clube é acusado de não proteger uma vítima de abuso sexual por parte de um ex-funcionário.

O Manchester United se vê em meio a um processo no Tribunal Superior do Reino Unido, decorrente de alegações de abuso sexual e físico que teriam ocorrido na década de 1980. A ação foi movida por um ex-menor sob cuidados do clube, que alega que a instituição não tomou medidas para proteger o jovem enquanto estava sob a responsabilidade de um funcionário do time.

Acusações contra o ex-técnico Billy Watts

Segundo informações divulgadas pelo jornal The Sun, as denúncias envolvem o ex-treinador interino e zelador Billy Watts, que faleceu em 2009. Afirmam os advogados da vítima que Watts abusou sexual e fisicamente do reclamante quando este era apenas uma criança, durante seu tempo no centro de treinamento The Cliff, localizado em Manchester.

Reação do Manchester United e da família da vítima

O escritório de advocacia Simpson Millar LLP, que representa a vítima, revelou que o Manchester United se negou a cooperar em um acordo extrajudicial. A mãe do reclamante relatou que Watts, na época, se apresentava como uma figura confiável, utilizando essa posição para se aproximar dos jovens jogadores e, assim, cometer atos abusivos.

Relatos de ex-jogadores da base do clube descrevem Watts como “um pervertido”, mencionado que ele teria agido de forma inapropriada, como puxar um jovem para um escritório, seguir menores até a sauna e tentar tocá-los de modo inadequado nos chuveiros.

Revisão e medidas do clube

Em 2021, o nome de Billy Watts foi indiretamente referenciado na Revisão Independente sobre Abuso Sexual Infantil no Futebol Inglês, que abrangeu o período de 1970 a 2005, conduzida pelo advogado Clive Sheldon QC. O relatório mencionou um “zelador do clube, já falecido”, que teria sido acusado de comportamento sexual impróprio e agressões físicas contra crianças nas instalações do Manchester United.

Na ocasião, o Manchester United alegou ter encaminhado o caso à Federação Inglesa (FA) em 2016, após receber novas denúncias, e afirmou que tinha colaborado “plenamente” com a revisão referente ao abuso. “Identificar fatos a partir de alegações históricas nunca é fácil, mas fornecemos todas as informações relevantes para que a investigação fosse a mais completa possível”, declarou o clube em nota oficial.

A coragem da vítima

A advogada Kate Hall, conhecida por seu trabalho em Direito de Abuso, destacou a coragem do autor da ação ao trazer à tona lembranças dolorosas em busca de justiça: “Nosso cliente demonstrou enorme força ao reviver lembranças extremamente dolorosas em busca de justiça”, afirmou Hall.

A situação é um lembrete sombrio da importância da proteção de jovens atletas em ambientes esportivos e da necessidade de um sistema robusto para prevenir e lidar com abusos. O futuro do processo e as repercussões para o Manchester United permanecem incertos, enquanto a instituição tenta se recuperar de um escândalo que, além de manchar sua imagem, também afeta a confiança de fãs e apoiadores no clube.

Impacto na sociedade e no esporte

Casos como este levantam questões cruciais sobre a responsabilidade de instituições esportivas em proteger seus membros, especialmente aqueles em situações vulneráveis. À medida que a discussão sobre abuso sexual no esporte se intensifica, espera-se que clubes e organizações implementem medidas mais rigorosas para prevenir tais comportamentos, garantindo um ambiente mais seguro para todos os atletas.

O caso do Manchester United reitera a necessidade de resiliência e apoio para as vítimas, além de destacar a essencialidade da transparência nos processos de investigação. A luta contra o abuso, tanto no esporte como em outros âmbitos, é um caminho árduo, mas essencial para construir um futuro mais seguro e respeitoso.

Com a promoção de um debate aberto e consciente sobre esses assuntos, a esperança é de que novas políticas e práticas sejam estabelecidas para proteger as gerações futuras.

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