No dia 12 de novembro de 2025, o mundo se despediu de uma das maiores cientistas e ativistas ambientais do século XXI. A Dra. Jane Goodall faleceu na Catedral Nacional de Washington, em uma cerimônia que reuniu admiradores, colegas e líderes globais, em homenagem à sua trajetória de dedicação à conservação e à promoção de uma relação mais consciente com o planeta.
Uma vida dedicada à preservação da natureza
Jane Goodall, renomada etóloga conhecida por seus estudos pioneiros com chimpanzés na Tanzânia, dedicou sua vida à proteção da biodiversidade e ao fortalecimento da conexão entre humanos e o meio ambiente. Com uma voz calma, mas firme, ela sempre alertou sobre a urgência de cuidarmos da Terra enquanto ainda há tempo.
Recentemente, em março deste ano, ela participou de uma reunião com senadores em Washington, DC, e marcou presença na celebração de cinco anos da iniciativa Trillion Trees (Trilhão de Árvores), que ela ajudou a lançar em 2020. “Não tirei férias em 30 anos”, comentou, com sua habitual mistura de humor e preocupação com o futuro do planeta.
Ensinar, inspirar e agir
Jane foi uma voz incansável contra a destruição ambiental, alertando sobre a perda de sabedoria e a distância crescente entre humanos e a natureza. Ela acreditava que, apesar dos danos, a resiliência humana e a de nossos ecossistemas poderiam nos levar a uma recuperação global.
Ela destacou, em seus discursos e escritos, que restaurar a biodiversidade mundial – seja nas orlas do Brooklyn, na Floresta Amazônica ou nos recifes de coral – é fundamental para estabilizar o clima e melhorar a saúde, felicidade e prosperidade de todas as espécies. Seu otimismo baseava-se na convicção de que é possível alcançar abundância e diversidade natural dentro de uma geração.
A esperança na evolução moral e na ciência
Segundo Goodall, o caminho para a recuperação não exige apenas avanços tecnológicos, mas uma renovação moral e espiritual da humanidade. “Precisamos de uma nova etapa na evolução humana — um despertar que alinhe inteligência com sabedoria, consumo com compaixão”, afirmou. Ela defendia que a natureza deve ser o centro das políticas públicas, das práticas empresariais e da vida cotidiana.
Ela acreditava que a crise ambiental é, na verdade, uma crise civilizacional, cujo enfrentamento demanda um esforço conjunto para uma das maiores restaurações da história. “Precisamos redefinir o sucesso, trocar a ganância pela gratidão e a exploração por guardiões da Terra”, dizia, reforçando que o combate pela preservação do planeta está ligado ao espírito humano e à ética global.
Legado e esperança
Apesar de sua partida, a memória de Jane Goodall inspira novas gerações a continuar o trabalho de proteger o planeta. Sua mensagem de esperança, urgência e ação permanece como um farol para todos que desejam construir um futuro mais sustentável e compassivo.
Para ela, a preservação da natureza não era uma questão ambiental isolada, mas uma necessidade civilizacional — uma responsabilidade que temos para garantir a abundância e diversidade que um planeta com 10 bilhões de habitantes exige.
Como ela mesma afirmou muitas vezes, o sucesso na luta pelo planeta depende do que podemos fazer enquanto seres humanos, unidos pelo desejo de transformar esperança em ação concreta.
Jane Goodall deixa um legado de esperança e fé na capacidade humana de transformar o mundo. Sua voz, calma e resoluta, continuará ecoando nas ações de todos que lutam por um planeta mais justo e sustentável.


