Funcionários do Nubank realizaram uma plenária virtual na noite de quarta-feira, promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, para repudiar a decisão da instituição de acabar com o modelo remoto de trabalho e implementar o trabalho presencial em 2026. O grupo exige diálogo e a reversão da mudança, além da reintegração de 14 empregados demitidos por expressar insatisfação com a medida.
Mudanças sem negociação e demissões por justa causa
Segundo o manifesto divulgado pelo sindicato, o Nubank anunciou sua transição para um regime híbrido sem diálogo prévio com os trabalhadores ou o sindicato. A instituição comemorou que, até 2027, os funcionários precisarão estar presencialmente três vezes por semana, enquanto atualmente apenas uma semana por trimestre é exigida. A carta indica que as demissões ocorreram como retalição, destacando que 14 funcionários foram desligados por justa causa após manifestações legítimas de descontentamento.
Reivindicações por diálogo e justiça
O documento pede a abertura de negociações entre a direção do Nubank, os trabalhadores e o sindicato, assim como a recontratação de todos os demitidos. “Viemos exigir a reversão da mudança no modelo de trabalho, com abertura de diálogo e o fim da punição aos empregados que se opuseram”, afirma o texto. A plenária reuniu cerca de 300 pessoas e teve participação de representantes de diversas empresas do grupo, presentes no Brasil, Colômbia e México.
Reação do Nubank e alegações contra as demissões
O Nubank nega que as demissões tenham sido por retaliação e alegou que os desligamentos ocorreram devido a comportamentos considerados inadequados dos funcionários durante a apresentação das mudanças, incluindo tentativas de sabotar sistemas internos. A instituição reafirmou manter um diálogo transparente com os representantes sindicais, mas reforçou que as ações foram motivadas por condutas disciplinares.
Impactos e posicionamento do sindicato
O Sindicato dos Bancários reforça que a insatisfação é unânime entre os funcionários, que tinham a expectativa de manter o trabalho remoto, promovido como benefício na contratação. Além disso, o sindicato lembra que, apesar do crescimento e dos lucros do banco, a mudança ocorreu sem negociação, ignorando mais de 90% da opinião dos trabalhadores. Segundo a secretária-geral da entidade, Lucimara Malaquias, canal de denúncia e reclamações seguros estão disponíveis no sindicato, que continuará lutando pelo diálogo e contra qualquer retaliação.
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