A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, está negociando a venda de um pacote de agências bancárias localizadas em cidades como Rio, São Paulo, Salvador e Curitiba. A operação, cujo valor e quantidade de imóveis não foram revelados, envolve a compra dos ativos pelo fundo imobiliário TRXF11, no qual a funcef passará a investir, sem precisar colocar dinheiro em caixa.
Identidade e porte dos imóveis
Os ativos vendidos estão distribuídos em várias cidades brasileiras e ocupados por agências bancárias. As localidades incluem Jundiaí (SP), São João de Meriti, São Gonçalo e Niterói (RJ). A operação marca a estreia do TRXF11 nesse segmento, que possui uma carteira composta por 74 imóveis, como lojas de varejo, centros médicos e galpões logísticos.
Expansão do segmento imobiliário do TRX
O fundo imobiliário TRXF11, avaliado em R$ 3,2 bilhões na Bolsa, tem como foco adquirir ou desenvolver imóveis para gerar renda via aluguéis. Sua carteira inclui lojas de marcas como Carrefour, Leroy Merlin e Pão de Açúcar, além de centros de diagnóstico e hospitais. A estratégia inclui também a aquisição de lojas via operação de “sale and leaseback”, onde o proprietário vende o imóvel e permanece como inquilino.
Objetivos da operação
A transação faz parte da estratégia da Funcef de liquidez para sua carteira imobiliária. Recentemente, a fundação vendeu imóveis importantes, como um hotel 4 estrelas na orla do Rio e um terreno de 200 mil metros quadrados em Santo André, para a Cyrela. A operação visa facilitar futuras negociações com cotas do TRXF11, que possuem maior liquidez e potencial de valorização.
Reavaliação das regras e posicionamento das partes
A venda ainda não foi concretizada, conforme a Funcef informou, e depende de condições precedentes. A entidade também destacou que “não comenta negociações em andamento ou estratégias”. A TRX, por sua vez, afirmou que “não comenta rumores de mercado ou negociações em andamento”.
A operação faz parte de um movimento maior de diversificação e liquidez promovido pela Funcef, que, anteriormente, havia realizado outras vendas de ativos imobiliários. O Conselho Monetário Nacional revogou a obrigação de fundos de pensão vender imóveis até 2030, tornando mais flexível a estratégia de investimento nesses ativos.
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