Após 232 anos de circulação, a moeda de um centavo dos Estados Unidos оставou de ser produzida oficialmente nesta semana, marcando o fim de uma era no sistema monetário americano. A última remessa foi cunhada em Filadélfia na quarta-feira, mas os cerca de 250 bilhões de pennies já existentes permanecem válidos como moeda de curso legal, deixando consumidores e negócios enfrentando uma economia de trocos limitada.
Impactos na circulação e comércio
Desde fevereiro, as autoridades federais vêm reduzindo a produção de pennies após a ordem do presidente Donald Trump ao Tesouro, justificando a medida como uma economia de gastos públicos. Segundo o Departamento do Tesouro, produzir uma moeda de um centavo custa quase quatro vezes seu valor nominal. Com o fim da fabricação, mais de 100 dos 165 locais de distribuição de moedas já enfrentam escassez de pennies, afetando transações diárias.
Com a diminuição de moedas em circulação, muitos estabelecimentos têm relatado dificuldades na troca de valores menores, o que os força a arredondar valores para cima ou para baixo, muitas vezes em prejuízo das empresas. Segundo a Federação Nacional do Varejo (NRF), a falta de orientações claras do governo sobre como proceder nessas situações gera incertezas e possíveis conflitos em negociações com clientes.
Medidas adotadas por outros países
Na ausência de pennies, empresas norte-americanas buscam alternativas similares às adotadas pelo Canadá, que deixou de produzir sua moeda de um centavo em 2012. O governo canadense orientou os estabelecimentos a arredondar as transações para o valor mais próximo de cinco centavos, evitando confusões legais e comerciais. A falta de uma orientação federal oficial nos Estados Unidos tem causado preocupações entre os empresários, especialmente por diferenças nas legislações estaduais e locais.
Recomendações e futuras ações
Na semana passada, uma coalizão de associações comerciais enviou um apelo ao Congresso para que os legisladores criem diretrizes concretas diante do cenário, garantindo maior segurança jurídica e operacional aos negócios. Segundo analistas, a transição deve se prolongar enquanto o mercado ajusta suas rotinas à nova realidade de circulação de moedas.
Especialistas indicam que essa mudança pode acelerar a digitalização dos pagamentos e a adoção de métodos eletrônicos, como carteiras digitais e cartões de crédito, reduzindo a dependência de moedas físicas no futuro.
Embora a moeda de um centavo seja considerada uma relíquia por muitos, sua ausência já evidencia a necessidade de adaptações no sistema financeiro americano, apontando para uma evolução na forma como os consumidores e empresas lidam com transações diárias.
