Brasil, 13 de novembro de 2025
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Polícia Federal prende ex-presidente do INSS

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi preso em investigação que apura descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal deu mais um passo na Operação Sem Desconto ao prender Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação investiga uma série de fraudes relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias e pensões, colocando em evidência as irregularidades que afetam um dos principais órgãos de seguridade social do Brasil.

A trajetória de Alessandro Stefanutto no INSS

Stefanutto foi demitido em abril de 2025, mas sua trajetória no INSS é marcada por diversas funções e desafios. Antes de ser presidente, ele ocupou a Diretoria de Orçamento, Finanças, Licitações, Contratos e Engenharia e entre 2011 e 2017 foi procurador-geral do instituto. Seu trabalho estava voltado para a transição do governo Lula na área da previdência, o que lhe conferiu visibilidade, especialmente durante um período de grandes transformações nas políticas sociais do Brasil.

O impacto da prisão

Com a prisão de Stefanutto, a Operação Sem Desconto ganha novos contornos e levanta questionamentos sobre a gestão do INSS nos últimos anos. Durante sua participação na CPI do INSS no mês passado, ele inicialmente hesitou em responder aos questionamentos do relator da comissão, Alfredo Gaspar (União-AL), mas posteriormente decidiu cooperar. Ele defendeu as ações realizadas durante sua gestão, ressaltando que havia sido indicado para o cargo pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Repercussões políticas e sociais

A prisão do ex-presidente do INSS não se limita apenas ao âmbito legal, mas também apresenta importantes repercussões políticas e sociais. O PSB, partido ao qual Stefanutto é filiado, divulgou uma nota logo após a prisão, ressaltando que não participou de sua indicação, o que lança dúvidas sobre a relação entre política e administração pública no país. Essa situação reflete um contexto mais amplo de desconfiança em relação às instituições públicas, where a gestão de recursos e a proteção dos direitos dos cidadãos estão em constantes debates.

O desafio da modernização do INSS

Ao assumir a presidência, Stefanutto enfrentou desafios significativos, como a fila de 1,7 milhão de requerimentos de benefícios e a necessidade urgente de modernização do sistema “Meu INSS”. Além disso, ele teve que lidar com um quadro de servidores defasado, o que tornou sua missão ainda mais complexa. Seu desempenho no cargo foi visto como uma tentativa de combinar conhecimento técnico com sensibilidade política, embora a sua gestão agora esteja sob a sombra de investigações criminais.

Formação e experiência profissional

Stefanutto é graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e possui especializações em instituições renomadas, como a FGV e a Universidade de Alcalá (Espanha), onde se tornou mestre em Sistemas de Seguridade Social. Sua formação acadêmica é complementada por experiência nas áreas de Mediação e Arbitragem e vários mestrados internacionais em Direito, o que confirma seu empenho em se aprofundar nas questões jurídicas e sociais do país.

A trajetória de Stefanutto também inclui uma participação ativa na Marinha do Brasil e cargos diversos na Receita Federal e na Advocacia-Geral da União. Sua carreira acadêmica é notável, pois é autor de um livro sobre direitos humanos, com a introdução escrita por Maria da Penha, um dos ícones da luta contra a violência de gênero no Brasil.

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