Brasil, 13 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

EUA usam estratégia criativa para ajudar Argentina a pagar o FMI

Para quitar parcela de US$ 840 milhões ao FMI, Argentina recebeu uma ajuda inesperada dos EUA, levantando suspeitas de manipulação financeira

No dia 1º de novembro, a Argentina tinha uma importante parcela a pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI), de US$ 840 milhões. Para surpresa de muitos, nas vésperas dessa data, os ativos do país em Direitos Especiais de Saque (SDRs) no FMI aumentaram em US$ 870 milhões, permitindo o pagamento da obrigação. Essa troca de números chamou atenção de analistas e levantou suspeitas de uma manobra financeira por parte dos Estados Unidos.

Movimentação incomum de ativos em SDRs e os EUA

De forma ainda mais intrigante, na mesma data, os ativos dos EUA em SDRs diminuíram em exatamente US$ 870 milhões em comparação com o mês anterior. Segundo especialistas, essa coincidência de números sugere que Washington teria encontrado uma forma criativa de ajudar a Argentina a cumprir seus compromissos com o FMI, possivelmente movimentando fundos de forma indireta e não oficialmente confirmada.

Implicações e questionamentos sobre a ajuda financeira

O Departamento do Tesouro dos EUA se recusou a comentar as transações envolvendo os Direitos Especiais de Saque, enquanto o Ministério da Economia e o banco central argentinos não responderam às solicitações de informações. Analistas como Stephen Paduano, ex-assessor do Tesouro dos EUA, destacam que essa possibilidade de os Estados Unidos estarem financiando a Argentina por meio dos DES (Direitos Especiais de Saque) poderia indicar uma forma de auxílio indireto e não abertamente declarada.

Histórico de ajuda ao país e o papel dos DES

Antes dessas movimentações, em 20 de outubro, pouco antes de eleições parlamentares na Argentina, o Tesouro americano concedeu uma linha de swap cambial de US$ 20 bilhões ao país, sem detalhes precisos da operação. Especialistas avaliam que essa troca poderia envolver uma transferência de DESs para a Argentina, que, por sua vez, poderiam ter sido utilizados para honrar a parcela ao FMI.

Posição oficial e o obscuro funcionamento dos DES

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou em entrevista que “abrimos uma linha de crédito, e uma pequena parte dela foi utilizada”, destacando que houve lucro com essa operação. Contudo, os dados do Federal Reserve indicam que os DESs não foram convertidos em dólares, o que levanta dúvidas sobre o real destino desses ativos.

Perspectivas e possíveis impactos

Se a hipótese de ajuda indireta for verdadeira, reforçam-se as especulações de que os Estados Unidos estão utilizando uma estratégia criativa para influenciar a política econômica argentina, além de manipular de forma sutil seus ativos internacionais. Essa movimentação reforça a complexidade das relações financeiras e diplomáticas envolvendo os países sul-americanos e Washington.

Enquanto o governo argentino mantém silêncio oficial sobre o caso, analistas avaliam que essa troca de ativos sinaliza uma intervenção discreta dos EUA na política econômica do país vizinho, podendo abrir precedentes para futuras ações estratégicas no cenário internacional.

Para mais detalhes, consulte a matéria completa no site do Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes