A Casa Branca informou nesta quinta-feira (13) que os Estados Unidos e a Argentina assinaram um acordo para aprofundar a cooperação bilateral em comércio e investimentos. O entendimento visa abrir mercados e facilitar trocas de produtos essenciais, alinhando interesses econômicos e políticos entre os dois países.
Detalhes do acordo e impacto nas trocas comerciais
Segundo o comunicado oficial, “os países abrirão seus mercados um ao outro em produtos-chave”, incluindo medicamentos, produtos químicos, máquinas, tecnologia da informação e dispositivos médicos. Além disso, a Argentina concederá “acesso preferencial de mercado para exportações de bens dos EUA”, promovendo maior integração econômica.
“Os Estados Unidos e a Argentina trabalharão com rapidez para finalizar o texto do acordo para assinatura e realizar suas respectivas formalidades internas antes da entrada em vigor do tratado”, acrescentou o documento oficial. O pacto faz parte de uma estratégia americana para fortalecer laços comerciais na região.
Motivações e contexto político do entendimento
O acordo ocorre em um momento de forte apoio dos EUA ao governo de Javier Milei, aliado ideológico de Donald Trump. A iniciativa faz parte de uma aposta maior de Washington na Argentina, após o fornecimento de US$ 20 bilhões em financiamento e a compra direta de pesos argentinos no mês passado, em tentativa de conter a desvalorização da moeda e influenciar o cenário eleitoral local.
“O pacto também representa uma vitória política para Milei, que se posiciona como um dos aliados mais próximos de Trump no cenário internacional”, avaliam analistas.
Outros acordos e medidas relacionadas
Além do acordo com a Argentina, os EUA anunciaram a assinatura de pactos de estrutura com El Salvador, Guatemala e Equador. Também irão remover “tarifas recíprocas sobre certos recursos naturais indisponíveis e artigos não patenteados para uso em aplicações farmacêuticas”, conforme divulgado pela Casa Branca.
Consequências para o comércio e o cenário econômico
No contexto econômico, o entendimento ocorre na esteira das negociações para melhorar o acesso bilateral ao mercado de carne bovina, em um momento em que os preços do setor nos EUA estão elevados devido ao encolhimento dos rebanhos. As medidas visam facilitar exportações e reduzir custos para consumidores americanos, que enfrentam preços elevados na carne em meio a perdas eleitorais do partido republicano.
Para entender a evolução das negociações comerciais, confira a reunião entre autoridades dos EUA e Argentina sobre tarifações no setor bovino.
O acordo reforça o alinhamento político e econômico entre os dois países, sinalizando uma estratégia dos Estados Unidos de ampliar sua influência na América do Sul, além de prestar auxílio à Argentina com financiamentos e novos mercados.
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