Brasil, 13 de novembro de 2025
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CPMI do INSS aprova prisões e quebras de sigilo em investigações

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprova 79 requerimentos, incluindo prisões e quebras de sigilo, em escândalo revelado.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu um passo significativo ao aprovar 79 requerimentos que envolvem pedidos de prisão e quebras de sigilo bancário, telefônico e fiscal de empresas e indivíduos relacionados ao escândalo revelado pelo Metrópoles. Esses atos demonstram a determinação da comissão em aprofundar as investigações e responsabilizar os envolvidos em fraudes que afetaram o sistema previdenciário brasileiro.

Deliberações da Comissão

No total, a CPMI tinha 80 itens em pauta para serem deliberados, mas o item 11, que solicitava a prisão temporária de Danilo Berndt Trento, foi retirado após os advogados do investigado se colocarem à disposição da comissão. Entre os requerimentos aprovados, destaca-se a autorização para a prisão de três pessoas que não estão sendo localizadas para depor ou que podem interferir nas investigações.

A CPMI também reconheceu a importância da atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ao aprovar um pedido para que ele ingresse como “amicus curiae”, ou seja, um terceiro interessado na Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 1.236. Essa ação, que visa a devolução de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS, é um passo importante para assegurar a proteção dos direitos dos aposentados.

Escândalo Revelado pelo Metrópoles

O escândalo do INSS foi inicialmente revelado pelo portal Metrópoles em uma série de reportagens publicadas desde dezembro de 2023. Em um cenário alarmante, as reportagens mostraram que a arrecadação de associações com descontos em mensalidades de aposentados disparou para impressionantes R$ 2 bilhões em um ano. Enquanto isso, as associações enfrentavam múltiplos processos por fraude nas filiações de segurados, o que levanta sérias preocupações sobre a integridade do sistema previdenciário.

Impacto das investigações

As reportagens do Metrópoles não apenas alimentaram o debate público, mas também resultaram em ações concretas. Elas levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e a apurações pela Controladoria-Geral da União (CGU). A PF, inclusive, listou 38 matérias do portal na representação que culminou na Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. Essa operação resultou nas demissões do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, mostrando a gravidade da situação e sua repercussão nas esferas governamentais.

Expectativas Futuras

Com a aprovação dos novos requerimentos, a CPMI do INSS se prepara para aprofundar suas investigações e buscar a responsabilização de todos os envolvidos nas fraudes. O papel das investigações será crucial, não apenas para os envolvidos, mas para garantir que o sistema previdenciário possa ser restabelecido e de fato proteja os cidadãos que dele dependem.

À medida que a CPMI avança, a sociedade brasileira observa atentamente, esperando que as ações tomadas levem a um aprimoramento das práticas administrativas e à devolução dos valores devidos àqueles que foram lesados, reforçando a confiança no sistema público.

Continuaremos a acompanhar o desenrolar dessa história, trazendo atualizações sobre as investigações e as repercussões políticas e sociais que elas geram.

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