Brasil, 13 de novembro de 2025
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Boeing encerra greve histórica após cinco meses de impasse

Funcionários da fábrica em St. Louis aceitam nova proposta de contrato, após a segunda maior greve na história da Boeing, de 102 dias.

Os 3.200 trabalhadores do Distrito 837 da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais na Boeing de St. Louis aceitaram uma nova proposta de contrato de cinco anos, encerrando a mais longa greve da fabricante de aviões desde 1948. A paralisação, iniciada em 4 de agosto, durou 102 dias e afetou a produção de aeronaves militares, incluindo o caça F-15EX.

Oferta de melhorias salariais e retomada do trabalho

Após rejeitar quatro propostas anteriores, os funcionários aceitaram acordos que elevam seus salários médios em 24%, além de receber um prêmio de US$ 6 mil por ratificação. Os trabalhadores devem retornar ao trabalho na noite de 16 de novembro. Segundo o sindicato, o aumento salarial custará cerca de US$ 28 mil por trabalhador ao longo do contrato.

Impasse e negociações turbulentas

O conflito sindical foi marcado por trocas de acusações, ameaças da administração de contratar trabalhadores substitutos e mudanças na alta direção da Boeing. Mike Fitzsimmons, vice-presidente de Relações Trabalhistas que liderou as negociações, deixou a companhia para atuar na Ford Motor no mês passado.

Repercussões e futuro da relação trabalhista

Essa é a segunda greve de grande porte sob a gestão do CEO Kelly Ortberg, em vigor desde agosto de 2024, o que enfraquece sua tentativa de reformular a cultura interna da Boeing e melhorar o moral nas fábricas. A primeira greve, ocorrida no ano passado, envolveu 33.000 maquinistas na região de Seattle e levou a interrupções na fabricação de aeronaves.

Perspectivas para as próximas negociações

Com o contrato do sindicato de engenheiros e técnicos expirando em outubro do próximo ano, novas negociações já estão no horizonte. O sindicato expressou orgulho pelas conquistas recentes, enquanto a Boeing reforçou seu compromisso de apoiar seus clientes e recomeçar a produção normalmente em 17 de novembro.

Steve Parker, líder da divisão de defesa da Boeing, ressaltou aos membros do sindicato que, se o acordo for ratificado, eles manterão seus empregos, embora tenha advertido que essa garantia não se aplica ao futuro. Segundo ele, o salário-base médio dos trabalhadores aumentará de US$ 75.000 para US$ 109.000 por ano.

A Boeing continua investindo bilhões de dólares em suas fábricas nos Estados Unidos, que produzem munições, aeronaves de treinamento T-7 para pilotos militares e drones de reabastecimento MQ-25. A divisão de defesa responde por quase um terço da receita da empresa e prepara-se para fabricar o caça F-47 na região de St. Louis.

Para saber mais detalhes sobre o fim da greve na Boeing, acesse a matéria completa.

Tags: Boeing, greve, indústria aeronáutica, negociação trabalhista, defesa

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