Brasil, 13 de novembro de 2025
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Banco Mundial garante US$ 15 milhões para restauração da floresta no Xingu

O BID anunciou financiamento de US$ 15 milhões para a Triunfo do Xingu, reforçando esforços de restauração florestal na Amazônia ao lado de parcerias público-privadas

Durante a conferência COP30, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou ontem a primeira garantia de um banco multilateral para um projeto de restauração florestal na Amazônia, destinado à área de conservação Triunfo do Xingu. Serão US$ 15 milhões para apoiar ações de recuperação de áreas degradadas, em uma iniciativa que envolve parcerias público-privadas e busca equilibrar desenvolvimento e proteção ambiental.

Investimento no coração da floresta amazônica

A APA Triunfo do Xingu foi a unidade de conservação mais desmatada em 2021 e, em 2022, quem passou pelo local viu uma paisagem devastada: quilômetros sem árvores, grileiros, gado e áreas derrubadas. A iniciativa do BID visa combater esse cenário, promovendo a recuperação da floresta com um foco sustentável e compatível com o contexto local.

Garantia de financiamento e desafios na prática

O financiamento acontecerá por meio de uma estrutura que garante recursos ao setor privado, aliado a ações governamentais e de ONGs. Apesar de o valor parecer modesto diante do montante global de negociações na COP30 — que costuma falar de trilhões —, a decisão é vista como um passo importante na luta contra o desmatamento e na implementação de projetos concretos de restauração.

Resistência e esperança na luta pela floresta

O local é símbolo das batalhas na Amazônia. A ex-presidente da COP, André Corrêa do Lago, destacou que os pontos essenciais continuam na pauta, apesar de não terem entrado na agenda final. Segundo ele, a definição de recursos de financiamento climático via dinheiro estatal e o aumento das metas nacionais precisam avançar nas próximas etapas, com a diplomacia brasileira insistindo na importância desses temas.

Desafios e resistência na negociação climática

A embaixadora Liliam de Moura do Itamaraty comentou que negociar uma COP exige “disposição atlética” devido à complexidade e quantidade de pontos em discussão. Ela explicou que a agenda inclui 145 itens, com 20 sendo prioritários, e que, muitas vezes, a diplomacia precisa atuar com calma e perseverança para avançar nas negociações. A dificuldade em fechar alguns pontos reflete a diversidade de interesses globais em jogo.

Temas laterais e questões sociais em destaque

Temas como racismo ambiental também vêm ganhando espaço na COP. A ministra Anielle Franco destacou a importância de discutir desigualdade racial e justiça climática. Ela reforçou que “não existe justiça climática sem justiça racial”, enfatizando que é necessário garantir soluções sustentáveis que também combatam a desigualdade social.

Economia e desenvolvimento sustentável

Na entrevista realizada no Rio, o economista Carlos Eduardo Young apontou que a cadeia de biocombustíveis gera três vezes mais empregos e duas vezes mais renda que a cadeia do petróleo, ligando desenvolvimento econômico à mudança climática. A agenda brasileira na COP busca integrar esses elementos, promovendo uma transição econômica com impacto social positivo.

Presença de atores internacionais e o papel do federalismo

Na conferência, a presença de lideranças estaduais dos Estados Unidos, como Gavin Newsom da Califórnia e Michele Lujan Grisham do Novo México, demonstra que o federalismo e a democracia americana permitem avanços na discussão climática mesmo com a ausência do governo federal dos EUA. Essa participação evidencia estratégias de diálogo que podem influenciar as negociações globais.

Realidade da floresta e ações locais

No interior da Amazônia, como na Triunfo do Xingu, a realidade de desmatamento e destruição é palpável. Joaquim, produtor de cacau e outras lavouras, lamenta as atrocidades ambientais que presencia e reforça a necessidade de políticas de preservação. “Tem que haver uma política voltada para proteger, pois assistimos a tanta atrocidade que ficamos pasmos”, afirmou.

Apesar das dificuldades, os debates na COP e as ações específicas na Amazônia mostram a importância de esforços concretos na preservação da floresta e na luta contra o desmatamento. O caminho ainda é longo, mas os investimentos e a mobilização internacional oferecem esperança para a recuperação da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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