Brasil, 12 de novembro de 2025
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Mauro Vieira e Marco Rubio terão novo encontro em Washington nesta quinta-feira

Diplomatas discutem tarifas de importação e medidas comerciais, sinalizando uma busca por diálogo entre Brasil e EUA

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, estão agendados para se reunir nesta quinta-feira em Washington. O encontro visa dar continuidade às negociações iniciadas ontem, na qual os dois diplomatas conversaram brevemente no Canadá, a respeito das tarifas americanas impostas ao Brasil, cujo desfecho ainda não foi definido.

Diálogo sobre tarifas e negociações comerciais

A reunião ocorre após um breve encontro de cinco minutos entre Vieira e Rubio, durante uma reunião do G7 em Niágara, onde discutiram a possibilidade de redução das tarifas de importação do café e de outros produtos brasileiros. Segundo interlocutores do governo brasileiro, o objetivo é manter aberto o canal político e reafirmar a disposição de ambas as partes em buscar uma solução negociada para as questões comerciais. Leia mais.

Posições e avanços nas negociações

Apesar do otimismo, o governo brasileiro ainda não tem confirmação oficial sobre uma possível suspensão temporária das tarifas, que vêm prejudicando exportações brasileiras, especialmente de café, carne, frutas e produtos industriais. Vieira destacou que, nesta manhã, não recebeu nenhuma formalização da redução por parte dos EUA, mas pediu que a notícia seja encaminhada às embaixadas brasileiras em Washington e Brasília, considerando a importância do tema para a economia do país. Segundo o ministro, “todas as notícias relacionadas à redução de tarifas são bem-vindas”.

Plano de negociações e possíveis concessões

Cooperação entre Brasil e EUA inclui uma proposta enviada pelo governo brasileiro à parte americana em 4 de novembro, após reunião virtual de equipes técnicas. Os negociadores brasileiros demonstram disposição para negociações caso a caso, com possibilidade de concessões setoriais, como alívio tarifário para produtos específicos. “Estamos dispostos a avançar, mesmo que seja por setores”, afirmou Vieira.

Contexto do tarifão e cenário econômico

O tarifão de 50% sobre produtos brasileiros, vigente desde agosto, atingiu setores estratégicos da economia brasileira, como agricultura, metalurgia e indústria de máquinas. A medida, justificada por Washington por motivos políticos, gerou forte impacto nas exportações e foi acompanhada de uma lista de exceções que cobre mais da metade da pauta exportadora do Brasil para os EUA. Ainda assim, setores como o de café e carnes permanecem sob tarifas elevadas, o que reforça a pressão do Brasil por negociações.

Enquanto isso, os EUA sinalizam que podem reduzir tarifas, especialmente no setor de café, onde Trump indicou interesse em baixar a sobretaxa de 50% com o objetivo de abastecer o mercado doméstico e conter a inflação causada pelo tarifão. Essa possibilidade é vista com otimismo no Brasil, que é o maior exportador mundial do grão.

Relações diplomáticas e próximos passos

O encontro de hoje reforça uma atmosfera de “recomeço cuidadoso” nas relações bilaterais, marcada por intervenções diplomáticas e sinais de aproximação, após meses de tensão. Lula chegou a declarar que, se necessário, ligará para Trump após a COP30, em Belém, para cobrar uma posição mais clara dos EUA sobre o tema. Ainda há expectativa de que novas reuniões possam estabelecer um quadro mais favorável para o comércio bilateral.

O chanceler Vieira também relatou que o Brasil mantém conversas técnicas em andamento e encaminhou uma proposta de negociação aos Estados Unidos, reafirmando o esforço do país para evitar sanções mais severas ou novas medidas restritivas. O aceno político feito pelos ministros indica um avanço estratégico, mesmo que ainda sem resultados concretos.

Para acompanhar as próximas etapas, o governo brasileiro aguarda a formalização de ações concretas por parte dos EUA, enquanto o cenário global do comércio continua a evoluir, especialmente diante da instabilidade política no cenário internacional. Fonte.

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