Brasil, 12 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Emissões de combustíveis fósseis devem atingir recorde em 2025

As emissões globais de CO2 provenientes de combustíveis fósseis devem atingir nível recorde em 2025, agravando a crise climática mundial.

De acordo com o novo relatório do Global Carbon Project, as emissões mundiais de CO2 de combustíveis fósseis devem crescer 1,1% neste ano, atingindo 38,1 bilhões de toneladas métricas. Essa projeção representa um avanço acima da média de 0,8% ao ano observada na última década, reforçando os desafios para limitar o aquecimento global.

Emissões de carbono e os objetivos do Acordo de Paris

Para cumprir as metas do Acordo de Paris, as emissões globais precisariam ter atingido o pico até o final deste ano, mas o relatório indica que estamos longe dessa meta. “Precisamos reduzir as emissões de CO2 a cada ano pelos próximos 20 a 30 anos para evitar um aumento de temperatura superior a 2°C”, afirmou Pierre Friedlingstein, professor da Universidade de Exeter e líder do estudo.

Dados atuais e tendências por país

O relatório prevê que as emissões globais de carbono decorrentes do uso de carvão, petróleo e gás neste ano atinjam 38,1 bilhões de toneladas. Nos Estados Unidos, as emissões devem crescer 1,9%, impulsionadas por políticas que favorecem a exploração de petróleo e gás, enquanto a China apresenta um aumento menor de 0,4%, apesar de seus investimentos em energia renovável terem reduzido recentemente suas emissões.

Avanços e desafios na luta contra o aquecimento global

O cenário preocupa a comunidade internacional. A Organização das Nações Unidas (ONU) já alerta que a tentativa de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C está cada vez mais difícil, sendo provável que o planeta supere essa marca na próxima década. Na abertura da COP30, o secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou a falha em alcançar as metas climáticas de um “fracasso moral e negligência mortal”, ressaltando que uma ultrapassagem temporária dos limites poderá causar consequências catastróficas, como a perda de ecossistemas e condições de vida insuportáveis para bilhões de pessoas.

A necessidade de ações urgentes e coordenadas nunca foi tão evidente para conter o avanço do aquecimento global e evitar impactos irreversíveis no clima, na biodiversidade e na sociedade.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes