Belém (PA) – Na noite da última terça-feira (11/11), a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um comunicado sobre um protesto que terminou em tumulto na entrada principal da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). O incidente ocorreu quando manifestantes romperam as barreiras de acesso à chamada Blue Zone, uma área restrita do evento. Como resultado, dois seguranças ficaram levemente feridos.
Incidente na entrada principal da conferência
Após a confusão, as forças de segurança brasileiras, em conjunto com o Departamento de Segurança das Nações Unidas (UNDSS), atuaram rapidamente para controlar a situação e garantir a segurança do local. Em sua nota oficial, a ONU destacou que todos os protocolos de segurança foram seguidos e que espaços da conferência estão considerados seguros.
Danos à infraestrutura
O comunicado da ONU também revelou que a entrada principal, onde ocorreu o tumulto, sofreu danos leves e está atualmente passando por reparos. A previsão é que o acesso seja reaberto às 7h desta quarta-feira (12/11).
A manifestação e seus objetivos
A manifestação, que reuniu integrantes de diversos segmentos da sociedade civil e grupos indígenas, fazia parte da Marcha Global Saúde e Clima, um ato que percorreu cerca de 1,5 km pelas ruas de Belém até a sede da conferência. O evento contou com a participação de pessoas que reivindicavam maior atenção às questões climáticas e de saúde, temas cruciais na agenda internacional.
Grupo independente e atos de violência
É importante ressaltar que, segundo organizadores do protesto, o grupo que tentou entrar na Blue Zone não fazia parte da articulação oficial e agiu de forma independente. Durante o confronto, a equipe de segurança da ONU formou cordões humanos e utilizou mesas de madeira para bloquear o acesso dos manifestantes. Um dos agentes feridos precisou ser retirado de cadeira de rodas, refletindo a tensão do momento e a gravidade da situação.
Repercussão e futuro da COP30
O incidente na COP30 em Belém levantou discussões sobre o papel dos protestos em espaços de diálogo internacional e a resposta das autoridades diante de movimentos sociais. O evento, que já enfrenta críticas por conta das suas implicações diretas nas políticas climáticas globais, agora também deve lidar com as consequências dessa manifestação, que expõe a insatisfação com as abordagens tradicionais no combate às mudanças climáticas.
À medida que a COP30 avança, é essencial que as vozes da sociedade civil sejam ouvidas, respeitando o direito à manifestação pacífica e promovendo um diálogo construtivo que leve em consideração as preocupações legítimas dos cidadãos. A tensão entre segurança e liberdade de expressão é um desafio que a conferência precisará abordar nas próximas discussões.
Com a reabertura da entrada principal marcada para a manhã de quarta-feira (12/11), todos os olhos estarão voltados para como as autoridades irão proceder com a segurança no evento e quais medidas serão implementadas para evitar novos incidentes.

