Brasil, 13 de novembro de 2025
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Bishops dos EUA condenam deportações em massa e pedem dignidade para migrantes

Bispos dos Estados Unidos aprovam declaração contra deportações indiscriminadas e reforçam o apoio à dignidade dos imigrantes

No dia 12 de novembro de 2025, na Assembleia Plenária de outono em Baltimore, os bispos católicos dos EUA aprovaram por mais de 95% uma declaração que se opõe às deportações em massa de imigrantes sem status legal e pede respeito à dignidade dos migrantes. A votação foi unânime na maioria, com apenas cinco votos contra e três abstenções.

Bishops reafirmam oposição às deportações em massa e defendem os direitos dos migrantes

A declaração enfatiza a oposição dos bispos às deportações “indiscriminadas” e destaca a oração por um fim à retórica desumanizante e à violência contra imigrantes e agentes de segurança. “Oramos para que o Senhor guie nossos líderes e somos gratos pelas oportunidades de diálogo com responsáveis públicos,” dizem eles.

Segundo o documento, os bispos estão “profundamente entristecidos” com o estado atual do debate e com a vilificação dos migrantes. Eles também expressaram preocupação com as condições nos centros de detenção e a falta de acesso a cuidados pastorais, incluindo o medo e a separação de famílias.

Reconhecimento da contribuição dos migrantes e apelo por reforma migratória

A declaração reconhece a valiosa contribuição dos migrantes à sociedade americana e ressalta a necessidade de “reforma migratória” que preserve a dignidade humana. Os bispos afirmaram que “dignidade humana e segurança nacional não estão em conflito,” defendendo a criação de “caminhos seguros e legais” para a imigração.

O texto também reforça que os governos têm responsabilidade de estabelecer um sistema justo e ordenado, atendendo ao bem comum e promovendo uma abordagem compassiva, em linha com os ensinamentos bíblicos de amor ao próximo, especialmente aos mais vulneráveis, como os “estrangeiros”.

Alteração de última hora e discurso oficial

A redação original do documento não continha a clara oposição às deportações em larga escala, mas um Admirável de última hora, proposto pelo Cardeal Blase Cupich, de Chicago, incluiu essa postura. Ele destacou a necessidade de mostrar apoio aos migrantes “dizendo explicitamente que estamos contra as deportações indiscriminadas”, sem objeções por parte dos demais bispos.

Esta posição reforça o compromisso da Igreja de se posicionar contra injustiças migratórias, como já havia ocorrido em 2013, quando os bispos se manifestaram contra uma portaria federal de contracepção.

Iniciativa de apoio aos migrantes e contexto político

Na véspera, o Presidente do Comitê de Migração dos EUA, Bishop Mark Seitz, anunciou uma iniciativa nacional de acompanhamento pastoral para migrantes ameaçados de deportação, inspirada por ações locais de dioceses. A proposta inclui suporte emergencial, atenção pastoral, comunicação e solidariedade por meio da oração.

Seitz criticou duramente a política de deportações em massa do governo do presidente Donald Trump, afirmando que “isto é apenas o começo” e citando os mais de meio milhão de deportações anuais até o momento, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS). Em outubro, mais de 1,6 milhão de pessoas se auto-deportaram.

O Papa Leo XIV também manifestou sua preocupação e guidance às lideranças e aos fiéis, incentivando uma postura unificada de defesa da dignidade migrante, e afirmou que “a Igreja não pode ficar silenciosa diante da injustiça”.

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