Brasil, 25 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Banco Central afirma que estabilidade financeira não está em risco, mas alerta para ameaças cibernéticas

Sistema bancário permanece robusto, mas ataques cibernéticos a empresas de tecnologia trazem preocupações ao setor financeiro brasileiro

O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (12) que não há risco relevante para a estabilidade financeira do Brasil, destacando que o sistema permanece com capitalização e liquidez adequadas, além de provas de resistência em testes de estresse realizados no primeiro semestre deste ano.

Robustez do sistema financeiro e alertas sobre ataques cibernéticos

De acordo com o relatório de estabilidade financeira divulgado pelo BC, o sistema financeiro nacional mantém sua força, apesar de eventos recentes que indicaram vulnerabilidades. “Os testes de capital e de liquidez demonstram a robustez do sistema bancário”, afirmou o documento. Contudo, a autoridade monetária ressaltou o impacto de incidentes envolvendo empresas que fornecem serviços tecnológicos a instituições financeiras.

Preocupações com ameaças cibernéticas

O BC avalia que ataques cibernéticos a empresas de tecnologia representam uma preocupação concreta, pois indicam que grupos criminosos possuem alto grau de conhecimento sobre a arquitetura dos sistemas bancários. “Esses criminosos demonstram táticas avançadas, incluindo ataques que exploram aspectos específicos da infraestrutura das instituições financeiras”, explicou o relatório.

Após uma série de incidentes em setembro, o Banco Central adotou medidas para reforçar a segurança do sistema financeiro. Entre elas, estão limites menores de transferência por PIX e TED, além da necessidade de aprovação prévia do BC para entrada de novas instituições no sistema. A certificação técnica também passou a ser obrigatória para que empresas operem no setor financeiro.

Eventos de segurança cibernética no setor financeiro

Durante setembro, várias instituições foram vítimas de ataques cibernéticos. A fintech Monbank informou ter sido alvo de hackers, que desviaram R$ 4,9 milhões, embora a maior parte dos recursos já tenha sido recuperada, e nenhuma conta de clientes foi comprometida. Simultaneamente, a Sinqia, responsável por conectar bancos ao sistema PIX, anunciou que um ataque resultou no desvio de aproximadamente R$ 710 milhões em transações não autorizadas.

Outro incidente, em julho, envolveu a C&M Software, empresa que conecta instituições financeiras ao Banco Central, que comunicou ter sido alvo de ataque à sua infraestrutura. Além disso, uma megaoperação conduzida no final de agosto desarticulou um esquema criminoso envolvendo pelo menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs, que estavam ligados a atividades ilegais no setor de combustíveis.

Segundo o relatório do BC, o aumento da frequência desses ataques demanda atenção redobrada das autoridades e do setor financeiro para proteger a infraestrutura tecnológica e evitar consequências mais graves para o sistema bancário nacional.

Para mais informações, acesse a matéria completa no g1.globo.com.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes