Em uma recente intervenção nas Nações Unidas, o observador permanente da Santa Sé, arcebispo Gabriele Caccia, abordou a essencialidade das operações de manutenção da paz, sublinhando que estas devem priorizar a proteção dos civis. O arcebispo expressou preocupação com o aumento de ataques contra as forças de paz da ONU, afirmando que “cada vida perdida é um lembrete cruel dos riscos que correm aqueles que servem em campo e da obrigação comum de garantir sua segurança”.
A preocupação da Santa Sé com os ataques às forças de paz
Na IV Comissão sobre Operações de Manutenção da Paz, realizada em 11 de novembro, a Santa Sé enfatizou que as operações devem estar integradas nas estratégias políticas, humanitárias e de desenvolvimento, sendo a proteção dos civis uma responsabilidade compartilhada por todos os países envolvidos. A crescente incidência de ataques às tropas de paz é motivo de grande preocupação, com o arcebispo expressando condolências e homenagens àqueles que perderam a vida em serviço, ressaltando que cada perda destaca a necessidade urgente de assegurar um ambiente seguro para aqueles que dedicam suas vidas à manutenção da ordem e à preservação da paz.
A responsabilidade global na manutenção da paz
O arcebispo Caccia relembrou que as operações de paz são parte do compromisso da comunidade internacional para proteger os mais vulneráveis e fornecer apoio essencial às comunidades que emergem de cenários de conflito. Ele destacou que a importância das operações vai além do simples efetivo militar, funcionando como um símbolo da responsabilidade global em manter a estabilidade e promover a paz. “O impacto positivo das missões de paz é inegável e merece um suporte renovado para que possam continuar sua missão crítica”, afirmou o arcebispo.
Desafios enfrentados pelas operações de manutenção da paz
Nos últimos anos, os desafios enfrentados pelas forças de paz se intensificaram, resultando em uma série de sucessos e fracassos. O arcebispo Caccia ressaltou que as atuais missões operam em condições de complexidade sem precedentes. A disseminação de informações falsas, ameaças regionais e a presença de atores armados não estatais têm criado um ambiente cada vez mais desafiador para as operações de manutenção da paz. Além disso, a evolução de tecnologias emergentes tem adicionado novas camadas de risco, não apenas para os soldados da paz, mas também para a população civil que eles se propõem a proteger.
O apelo do Papa e a necessidade de diplomacia
Finalizando sua intervenção, o arcebispo Caccia lembrou do apelo do Papa Leão XIV para que a diplomacia seja sempre a primeira arma nas relações internacionais, enfatizando que os países devem “trazer seus futuros com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos”. Ele expressou esperança de que esse apelo ressoe entre as nações e inspire um compromisso renovado com a diplomacia e a cooperação multilateral, visando à proteção de toda vida humana. O arcebispo concluiu reafirmando que, apenas com um comprometimento conjunto e contínuo com a paz, será possível construir um futuro harmonioso e estável para todos.
Com essa postura, a Santa Sé reafirma seu papel importante na discussão sobre a paz mundial e a segurança dos civis, lembrando a todos que a busca pela paz é uma tarefa que requer esforços concertados e uma visão baseada em valores humanos e dignidade.
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