No cenário político atual dos Estados Unidos, muitas vozes ecoam as preocupações de eleitores desiludidos. Um libertário, que optou por apoiar Donald Trump nas eleições de 2024, compartilha sua experiência e suas perspectivas sobre egos, promessas e o futuro eleitoral.
Desapontamento pós-eleitoral
Após um ano da eleição presidencial, o eleitor libertário revela um profundo sentimento de traição. Ele se identifica como alguém que esperava mudanças significativas depois de ter votado em Trump, o que para ele significou romper com a tradição, já que nunca havia votado antes em um candidato republicano para a presidência. Uma das promessas que mais o atraíram foi o compromisso de Trump de não se envolver em novas guerras e cortar gastos governamentais excessivos, algo que ele sentiu ser uma esperança para o partido libertário.
“Votar em Trump foi uma decisão ousada, mas agora, olhando para trás, parece que essas promessas permaneceram apenas no papel”, lamenta. O eleitor, que se identifica como Morgen Mogus, menciona que, embora tenha ficado satisfeito com algumas ações de Trump, como a concessão de um perdão ao fundador da Silk Road, Ross Ulbricht, o presidente falhou em cumprir os compromissos com os libertários.
Um futuro em discussão
Mogus expressa sua intenção de se abster se as eleições presidenciais de 2024 fossem realizadas hoje com os mesmos candidatos. Ele não se sente atraído pelo atual candidato libertário, Chase Oliver, a quem considera muito à esquerda e alienante para muitos libertários tradicionais. “A esperança de que Oliver ou outros candidatos ouvissem nossas preocupações não se concretizou”, afirma Mogus, evidenciando a frustração com a falta de diálogo político efetivo.
Reflexões sobre o gasto público
Uma das questões mais preocupantes para Mogus é que a administração Trump, que se apresentou como uma alternativa ao desperdício de gastos, acabou apresentando o “One Big Beautiful Bill”. Para ele, esse pacote de gastos foi um passo retroativo que contradiz todas as promessas de cortar desperdícios. “A ideia de cortar gastos foi sufocada por legislações que essencialmente deixaram os libertários decepcionados”, comenta.
Ele ainda pondera sobre o que poderia ter sido se as promessas tivessem sido cumpridas efetivamente, como um possível avanço nas políticas que favorecem a liberdade individual e a autonomia governamental reduzida.
Votação nas futuras eleições
Apesar da desilusão com o passado recente, Mogus faz uma pausa para olhar para o futuro. Ele confirma sua determinação em participar das eleições de meio de mandato em 2026 e nas eleições gerais de 2028. “Sinto que é meu dever fazer tudo que puder para garantir que a liberdade avance. Isso inclui votar em candidatos do Partido Libertário ou outros que compartilhem valores libertários”, explica.
O eleitor libertário encerra sua reflexão com uma chamada à ação, não só para si, mas também para outros eleitores que podem ainda ter esperança em um futuro onde possam promover um governo que respeite a liberdade individual. Através de suas reflexões, ele nos lembra da importância de um engajamento crítico e da necessidade de acompanhar as prometidas reformas políticas. “Precisamos de líderes que sejam fiel ao que prometem. Promessas cumpridas podem mudar o nosso futuro e moldar a própria essência do que significa ser um libertário neste país”, conclui.
— Morgen Mogus, Parker, Pennsylvania


