Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Modelo alagoana é vítima de deepfake sexual em Maceió

Modelo Gabriela Rodrigues, de 22 anos, é alvo de deepfake sexual em Maceió e aciona a polícia para investigar o caso.

Uma grave situação envolvendo o uso indevido de tecnologia de Inteligência Artificial (IA) tem gerado preocupação na cidade de Maceió. A modelo alagoana Gabriela Rodrigues, de 22 anos, se tornou a mais recente vítima de deepfake sexual, após a divulgação de um vídeo onde sua imagem foi manipulada para envolvê-la em uma situação constrangedora.

O caso de Gabriela Rodrigues

O incidente começou quando uma amiga de Gabriela a alertou sobre um vídeo que estava circulando, onde uma mulher que se assemelhava a ela aparecia em uma cena sexual. “Fiquei sabendo através de uma amiga. Eu estava na academia, ela ligou para mim, dizendo que tinha um vídeo meu que estava rolando, que enviaram para o marido dela. E aí eu disse, claro que não sou eu. Então ela disse: mas é você, parece muito”, relatou a modelo. Ao receber o vídeo, Gabriela reconheceu rapidamente que se tratava de uma montagem, notando, inclusive, a discrepância na tatuagem que possui.

Investigação e ações legais

O caso foi prontamente reportado à Delegacia de Crimes Cibernéticos, e Gabriela registrou um boletim de ocorrência, além de ter contratado um advogado para conduzir a situação. Segundo o advogado Marcondes Costa, é fundamental que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger a honra e a imagem de Gabriela. “Imediatamente, quem mandava o vídeo, mandava também o print do Instagram dela, atribuindo o vídeo à Gabriela. Assim que apareceu o vídeo, ela se posicionou e explicou a situação”, disse Costa.

A ascensão do deepfake

O uso de deepfake, uma tecnologia que permite criar vídeos falsos de pessoas com alto nível de realismo, não é um fenômeno restrito a Maceió ou ao Brasil. A prática tem se espalhado pelo mundo, envolvendo desde campanhas de desinformação política até casos de pornografia não consensual. O caso de Gabriela reflete um problema crescente, onde indivíduos estão utilizando a tecnologia para prejudicar outros, sem considerar as consequências legais e emocionais que isso pode acarretar.

Impacto social e psicológico

O impacto de situações como a vivida por Gabriela vai além do constrangimento pessoal. Muitas vezes, as vítimas de deepfake enfrentam sérios danos psicológicos, incluindo ansiedade, depressão e até transtornos de estresse pós-traumático. A exposição pública e a desinformação podem levar a repercussões devastadoras na vida pessoal e profissional de uma pessoa. “A desinformação na era digital é um grande desafio, e é imprescindível que as vítimas se sintam apoiadas e que suas reivindicações sejam levadas a sério”, ressalta o advogado Costa.

Educação e conscientização sobre deepfake

Para evitar que outras pessoas passem por experiências semelhantes, é vital promover a educação e a conscientização sobre o uso de ferramentas de IA e as suas possíveis implicações. Campanhas educativas nas redes sociais, além de seminários e workshops, podem ajudar a informar a população sobre os riscos do deepfake e como se proteger de possíveis abusos.

Resposta das organizações

Organizações e instituições estão começando a se mobilizar em torno dessa nova forma de crime digital. A criação de legislações mais rigorosas, bem como plataformas de denúncia, podem contribuir para a proteção de indivíduos e para a responsabilização dos infratores. Em Maceió, espera-se que a investigação continue e que a justiça seja feita, mostrando que o uso irresponsável da tecnologia não ficará impune.

Embora o caso de Gabriela Rodrigues seja alarmante, ele também é um chamado à ação para a sociedade. É imprescindível que todos nós estejamos cientes do impacto que a tecnologia pode ter em nossas vidas e que lutemos para garantir um ambiente digital mais seguro e respeitoso.

Leia a reportagem completa no site Gazeta Web, parceiro do Metrópoles.

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