Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Mulher é presa após atear fogo no marido em Goiás

Vítima registrou o momento do crime; mulher alegou que queria “assustar” o companheiro.

No último dia 3 de novembro, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu uma mulher suspeita de tentar matar o próprio marido em Goiânia. O crime, que chocou a comunidade local, ocorreu dentro da residência do casal e foi todo registrado em vídeo pela própria vítima. As imagens revelam um ato de violência que, segundo as investigações, foi motivado por ciúmes.

Lesões graves e a resposta da polícia

De acordo com as evidências coletadas, o homem estava deitado em sua cama quando a esposa saiu do quarto e retornou com uma garrafa de álcool e um isqueiro. Em um ato impulsivo, ela ateou fogo em seu marido, que, aflito, se levantou e correu pela casa enquanto as chamas se espalhavam. O casal, que estava junto há 16 anos e tem dois filhos, vivia em condições que aparentavam ser comuns para os vizinhos.

A denúncia do caso veio do irmão da vítima, que imediatamente procurou a delegacia local ao tomar conhecimento dos eventos. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a suspeita com malas prontas para fugir, levando à sua prisão em flagrante. A delegada Renata Vieira relatou que o homem continua internado devido à gravidade das queimaduras que sofreu, principalmente nas mãos e no tórax.

Investigação e testemunhos

A investigação apontou que a mulher tinha a plena intenção de causar dano ao marido. Durante o interrogatório, ela negou que quisesse matá-lo, afirmando que seu objetivo era apenas “assustá-lo”. Contudo, a delegada refutou essa versão, ressaltando que “a intenção real dela era matar o marido”. As evidências da gravação foram essenciais para a formação da acusação.

Aos médicos e policiais no hospital, a vítima confirmou que sua esposa realmente pretendia matá-lo. Ele ainda relatou que, há cerca de quatro anos, havia sido ferido por ela com uma facada em um episódio anterior, o que evidenciou um padrão de comportamento violento. O homem, que pretendia se separar, ficou preocupado com sua vida e a segurança de seus filhos.

Desdobramentos legais

Diante da gravidade do caso, a delegacia ouviu testemunhos de vizinhos e amigos do casal para compreender melhor o contexto familiar e a dinâmica do relacionamento. O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou a manutenção da prisão da mulher durante a audiência de custódia, mas o juiz Lourival Machado decidiu apenas por medidas cautelares, liberando a suspeita sob certas condições.

Este caso levanta importantes questões sobre a violência doméstica e a necessidade de proteção às vítimas. A natureza grave das agressões e a aparente impunidade que muitas vezes cerca essas situações exigem uma reflexão mais profunda sobre as medidas de proteção, tanto legais quanto sociais, que precisam ser implementadas para garantir a segurança das vítimas de violência familiar.

Com a investigação ainda em andamento, a comunidade local e as autoridades permanecem atentas ao desenvolvimento deste caso, que não apenas impacta a vida da família envolvida, mas também serve como um alerta sobre a violência que muitas mulheres e homens enfrentam em seus lares. As vozes das vítimas precisam ser ouvidas e protegidas, e medidas mais rigidás devem ser adotadas para coibir esse tipo de crime hediondo.

Essa triste história é um lembrete do que pode acontecer quando conflitos em relacionamentos não são tratados de forma saudável e construtiva, mostrando a importância da comunicação aberta e do suporte psicológico em situações de crise.

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