Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Bitcoin cai mais de 5% e atinge menor valor desde junho

O bitcoin recuou mais de 5% nesta terça-feira, chegando a US$ 100.769, refletindo uma correção no mercado após meses de alta impulsionada por euforia

O Bitcoin devolveu todo o rali do verão ao cair mais de 5% nesta terça-feira em Nova York, atingindo o menor valor desde junho, US$ 100.769. Essa queda representa uma redução de 20% em relação ao recorde atingido há um mês, típica de uma correção mercado baixista em ações.

Mercado retraído após liquidação maciça

A virada ocorreu em meados de outubro, quando uma onda brutal de liquidações eliminou bilhões de dólares em posições otimistas, assustando investidores. Desde então, o interesse aberto em futuros de bitcoin permanece muito abaixo do nível pré-crash, mesmo com custos de financiamento mais baixos. Segundo especialistas, poucos se arriscam a reentrar no mercado neste momento.

Para Chris Newhouse, diretor de pesquisa na Ergonia, a força da liquidação de outubro deixou marcas profundas no comportamento dos participantes. “O mercado ainda carrega o trauma dessa perda em massa, o que impacta a confiança até mesmo em operações de curto prazo”, afirma.

Queda geral e sentimento de aversão ao risco

O recuo do bitcoin ocorre em sintonia com a baixa de ações de tecnologia, como Palantir e Nvidia, afetadas por dúvidas sobre suas avaliações elevadas. O mercado de altcoins também sofreu perdas semelhantes, com muitos tokens menos líquidos acumulando quedas superiores a 50% neste ano.

O volume de liquidações nesta terça foi modesto, cerca de US$ 1 bilhão, bem inferior aos US$ 19 bilhões recordados em 10 de outubro. Nos mercados de opções, há forte demanda por puts de proteção com strike de US$ 80 mil para novembro, indicando receio de novas quedas.

Mercado traumatizado, mas com vendas pouco convictas

Embora o mercado tenha atingido os mínimos de junho, o sentimento permanece cauteloso, com poucos investidores dispostos a vender com convicção. Segundo Newhouse, a maioria das operações atuais é de natureza tática, e não de apostas de longo prazo.

Além disso, o resgate de ETFs e a saída de ativos digitais por tesourarias reforçam a percepção de esfriamento na demanda por criptomoedas. Essas saídas têm preocupado o setor, indicando uma possível desaceleração no impulso de recuperação.

Perspectivas e riscos futuros

Embora a tendência de longo prazo continue baixista, a severidade das liquidações de outubro impede que os operadores mantenham posições vendidas com segurança. A recuperação do mercado depende de fatores externos e da retomada da confiança dos investidores, que ainda se mostra fragilizada.

Para mais detalhes sobre o desempenho do bitcoin e o cenário atual, acesse o artigo completo.

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