O presidente da China, Xi Jinping, transmitia ontem uma mensagem de confiança após sua reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Busan, na Coreia do Sul. O encontro, marcado por negociações delicadas, resultou em concessões de Washington à influência chinesa, evidenciando um fortalecimento de Pequim na política internacional.
Concessões de Washington indicam força da China
Durante a reunião, Xi Jinping conseguiu avanços estratégicos significativos, incluindo a suspensão, por um ano, das restrições às terras-raras, minerais indispensáveis para tecnologias modernas. Além disso, Washington anunciou uma redução nas tarifas comerciais, suspensão de taxas portuárias a navios chineses e adiamentos de controles de exportação, fortalecendo a posição da China no comércio internacional.
Impactos nas tarifas e na relação comercial
Segundo o Ministério do Comércio da China, as medidas representam uma tentativa de manter a trégua nas disputas tarifárias iniciadas há meses. Trump, por sua vez, afirmou que a redução das tarifas de 20% para aproximadamente 10% reforça a disposição dos EUA em negociar com Pequim, enquanto ambos os lados concordaram em estender a trégua comercial por mais um ano.
Estratégia chinesa de resposta às sanções
Xi Jinping demonstrou sua capacidade de reagir às pressões externas ao intensificar a produção de terras-raras e reforçar sua influência como principal comprador de soja americana. Anunciou ainda que Pequim continuará a exercer sua influência nas regiões de influência global, como no caso do fornecimento de minerais estratégicos.
Diplomacia e perspectiva de longo prazo
Analistas avaliam que a postura de Xi na reunião foi de mostrar força sem abrir mão de negociações. Como afirmou Zhu Feng, professor de relações internacionais da Universidade de Nanjing, a China conseguiu criar um efeito de “jogo de bate-bola” que dificulta novas ações americanas e amplia sua vantagem na disputa comercial.
Perspectivas futuras e o jogo de influência
O encontro também foi marcado por declarações de Xi sobre a necessidade de ambos os países focarem nos benefícios de longo prazo da cooperação, evitando ciclos de retaliação. Trump prometeu uma futura visita à China em abril, indicando uma potencial fase de maior estabilidade na relação bilateral.
Especialistas destacam que a condução da China evidencia uma estratégia de fortalecimento interno e expansão internacional. Como comentou Lizzi C. Lee, da Asia Society Policy Institute, a diplomacia por gestos positivos tende a estabelecer um período de estabilidade controlada, embora a disputa por influência continue a ser um fator determinante das relações globais.
Para mais detalhes sobre o encontro e suas implicações, clique neste link.
 
 
 
 

