Após uma derrota esmagadora de 4 a 0 no Allianz Parque, o técnico da LDU, Tiago Nunes, expressou seu descontentamento em relação ao Palmeiras, ressentindo-se de uma suposta falta de respeito por parte dos jogadores rivais na semifinal da Libertadores da América. A polêmica envolve não apenas a questão da competição futebolística, mas também o contexto político e social que cerca a realização da final da Libertadores.
Criticas de Tiago Nunes ao Palmeiras
Na coletiva após o jogo, Nunes não poupou palavras para descrever a situação. “No primeiro jogo, o Palmeiras foi no oba-oba. O Abel (Ferreira) não sabia nem o nome dos nossos jogadores. O Palmeiras não respeitou a LDU como deveria respeitar no primeiro jogo e a gente fez o placar justo de 3 a 0”, disse o treinador, referindo-se à primeira partida, que terminou com uma vitória convincente da LDU em Quito.
Parte de sua crítica se dirigiu ao gramado sintético do Allianz Parque, que, segundo ele, é “complicado para quem não está acostumado com esse ritmo de jogo”. Essa declaração gerou reações de torcedores palmeirenses que relembraram que Tiago Nunes anteriormente treinou o Athletico Paranaense, vinculado a um estádio que também possui um gramado sintético.
A virada histórica do Palmeiras
Independente das críticas, o Palmeiras mostrou um desempenho avassalador na partida de volta da semifinal. Com gols de Sosa e Bruno Fuchs, o time paulista começou o jogo com um ritmo forte, alcançando 19 finalizações no primeiro tempo e indo para o intervalo com uma vantagem de 2 a 0. A partir desse momento, a matemática da classificação ficou simples: um gol levaria ao empate e dois à vitória.
A virada foi selada pelo meio-campista Raphael Veiga, que entrou em campo e, com apenas quatro minutos, marcou o terceiro gol. Já aos 37 minutos, após uma bela jogada de Allan, o Palmeiras conseguiu um pênalti que foi convertido por Veiga, culminando em um final de 4 a 0 e garantindo a classificação do time à final da Libertadores.
Local da final da Libertadores em debate
Após a partida, o foco também se voltou para a localização da final da Copa Libertadores. Samir Xaud, presidente da CBF, revelou à imprensa que há a possibilidade de que a decisão seja transferida para o Brasil, dependendo do interesse dos clubes. Atualmente, a final está marcada para acontecer em Lima, capital do Peru.
O Peru enfrenta uma instabilidade política, com a recente destituição da ex-presidente Dina Boluarte, que deixou o país em um clima tenso e inseguro. Com o novo governo, liderado pelo deputado José Jerí, surgem dúvidas sobre a capacidade do país em receber um evento de grande porte como a final da Libertadores.
Diante do cenário atual, a Conmebol considerou a possibilidade de mudar a final para outro local antes da confirmação de que seria no Brasil. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, chegou a oferecer o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, como uma possibilidade para a realização da decisão, tornando o debate sobre o local ainda mais relevante.
Com uma mistura de tensões futebolísticas e políticas, a final da Libertadores promete ser muito mais do que um simples jogo, envolvendo emoções de todos os lados e a possibilidade de novas reviravoltas tanto no campo quanto fora dele. Enquanto isso, as críticas de Tiago Nunes terão repercussões e ajudarão a moldar o clima da próxima partida do seu time, que agora se prepara para as novas batalhas no cenário futebolístico.
