O Palácio de Buckingham anunciou nesta quinta-feira (25) que iniciará o processo formal para remover o título de príncipe de Andrew, Duque de York, das honras reais. A decisão ocorre em meio a acusações de abuso sexual relacionadas a Jeffrey Epstein, que levaram o príncipe a abandonar suas funções públicas e a deixar o título de duque.
Retirada do título e mudança de residência
Segundo o comunicado oficial, a partir de agora, Andrew passará a ser conhecido como Andrew Mountbatten-Windsor. A decisão também inclui a retirada de suas honras, títulos militares e patronagens, que já haviam sido suspensas anteriormente. Além disso, ele deixará sua residência no Royal Lodge, atualmente compartilhada com sua ex-esposa, Sarah Ferguson, e se mudará para uma propriedade privada na Sandringham.
Reações e controvérsias
O palácio afirmou que a decisão foi tomada em consenso com a família real, considerando que “as acusações continuam a distrair do trabalho do rei e da família”. Andrew afirmou que continuará a defender-se como cidadão privado, reafirmando sua negação das acusações.
Por outro lado, críticos como Graham Smith, CEO do grupo anti-monarquia República, questionam o que realmente representa a retirada do título. “Essa é uma manobra simbólica. Ele deveria ser questionado e investigado pela polícia, não apenas perder títulos”, declarou Smith, em entrevista nesta sexta-feira.
Histórico das acusações e ações judiciais
Em 2021, Virginia Giuffre, vítima que morreu por suicídio em 2025, entrou com uma ação civil contra Andrew, alegando que ele a abusou sexualmente várias vezes enquanto ela tinha menos de 18 anos. O caso foi resolvido fora dos tribunais, mas a controvérsia permaneceu.
Após o processo judicial, Andrew renunciou ao título de Duke of York e às suas honras militares, alegando priorizar seu dever com a família e o país. Ele também foi mencionado em diversas controvérsias relacionadas a Jeffrey Epstein, criminoso condenado por crimes sexuais.
Continuação das investigações e o que vem a seguir
Apesar do afastamento formal, a questão da Justiça ainda permanece, com pedidos de investigação policial que continuam a ser feitos por grupos de direitos humanos e vítimas de abuso. Especialistas apontam que, embora a retirada do título seja um passo simbólico, ela não encerra as investigações legais contra Andrew.
O reino britânico afirmou que seguirá apoiando as vítimas de abuso e reforçou seu compromisso com a justiça e o combate ao abuso sexual. Ainda não há previsão de novas ações oficiais contra o príncipe, mas a questão deve continuar a gerar debates no âmbito da monarquia e da sociedade britânica.
 
 
 
 

