Mais de 24 milhões de pessoas que dependem do Seguro Popular nos Estados Unidos, conhecido como Obamacare, podem ver suas tarifas aumentar até 26% no próximo ano. A expectativa decorre do término dos créditos fiscais ampliados e das negociações em torno da extensão desse benefício, que ainda não foi renovado pelo Congresso.
Creditos fiscais e impacto nos preços
Os créditos fiscais, criados durante a pandemia para facilitar o acesso ao seguro de saúde, reduziram significativamente o valor das mensalidades para milhões de famílias. Contudo, esses subsídios expiram ao fim de 2025, o que pode elevar consideravelmente os custos em 2026, segundo analistas.
O Affordable Care Act, criado em 2010, oferece auxílio financeiro a famílias com renda entre 100% e 400% da linha de pobreza. Em 2025, o limite de pobreza varia de $15.650 para uma pessoa a $54.150 para uma família de oito membros.
Fatores que elevam os custos em 2026
O principal motivo para o possível aumento é o fim dos créditos fiscais ampliados, que tiveram sua validade estendida durante a pandemia. Sem a renovação, milhões de beneficiários deverão pagar mais pelo plano de saúde. O projeto de lei que permitiria a continuidade desses subsídios ainda não avançou devido ao impasse político.
Disputa política e consequência para os beneficiários
De um lado, democratas alertam que a ausência de renovação pode significar aumentos expressivos nas mensalidades, prejudicando famílias de baixa e média renda. Do outro, republicanos criticam os custos do programa, alegando desperdício e fraude.
“Os custos dos planos de saúde vão disparar. Mas os republicanos estão ignorando essa realidade enquanto permanecem presos ao impasse”, afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, na última quinta-feira.
Perspectivas e próximos passos
O Congresso ainda discute a possível extensão dos créditos fiscais, essenciais para impedir o aumento de preços. A decisão terá impacto direto na saúde financeira de milhões de americanos que dependem do Obamacare para acesso a cuidados acessíveis.
Especialistas alertam que, sem uma solução política, o impacto será sentido nas mensalidades de milhões de famílias, agravando o acesso à saúde em um momento de necessidade crescente.


