Na manhã desta sexta-feira (31), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, divulgou parte da lista de nomes dos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28). A operação, que visava desarticular o tráfico do Comando Vermelho, resultou em um total de 121 mortes, incluindo 117 suspeitos e quatro policiais.
Identificação dos mortos e impacto da operação
De acordo com o governador, 59 dos 117 criminosos mortos foram identificados e todos possuíam fichas criminais. Desses, 22 eram de outros estados, incluindo Pará, Amazonas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Paraíba. Entre os mortos estão notórios chefes de tráfico, como Russo, de Vitória, e Chico Rato, de Manaus, além de Mazola, de Feira de Santana, e Fernando Henrique dos Santos, de Goiás.
Para facilitar a identificação dos corpos, agentes do Instituto Médico-Legal (IML) realizaram uma força-tarefa desde terça-feira. Essa operação foi marcada por cenas de horror, conforme relatado por moradores locais. “Eu moro aqui há 58 anos. Nunca vi isso. Vai ser difícil esquecer”, afirmou uma moradora, enquanto outro a comparou a uma catástrofe natural, como um tsunami ou um terremoto.
Objetivo da operação e confrontos intensos
A Operação Contenção envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e tinha como meta desarticular o Comando Vermelho, além de cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão. Durante a ação, ocorreram intensos confrontos, especialmente na Serra da Misericórdia, onde numerosas vítimas foram deixadas para trás, levando os moradores a levar os corpos à Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
Fuga do principal alvo
Um dos principais alvos da operação, o traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, conseguiu escapar do cerco policial. Considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, Doca está abaixo apenas de figuras notórias como Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, atualmente presos em penitenciárias federais.
Segundo Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio, Doca utilizou “soldados” do tráfico para fazer uma barreira e escapar. O Disque Denúncia do Rio oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro. Doca nasceu em 1970, e sua origem é contestada, com registros que indicam tanto Caiçara no Rio Grande do Sul quanto Caiçara na Paraíba. Ele tem uma longa trajetória no crime, tendo sido preso em 2007 por porte de arma e tráfico de drogas.
Balanço da megaoperação
O balanço da Operação Contenção é alarmante: ao todo, foram registradas 121 mortes, das quais 117 eram suspeitos, além de quatro policiais. O número de presos chegou a 113, com 33 deles oriundos de outros estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco. Além disso, as forças de segurança apreenderam 91 fuzis, 26 pistolas, um revólver e cerca de uma tonelada de drogas.
Esse evento trágico e controverso levanta questões profundas sobre a eficácia das operações policiais no combate ao tráfico de drogas e à violência nas comunidades cariocas, provocando debates sobre a segurança pública e os direitos humanos no Brasil. A população, profundamente afetada por essa realidade, clama por soluções que promovam a paz e a justiça nas comunidades afetadas pela criminalidade.
Os eventos dessa operação continuam a repercutir, enquanto os cidadãos aguardam medidas efetivas para assegurar sua segurança e a integridade das suas comunidades. O Rio de Janeiro, conhecido por suas belezas naturais, enfrenta um desafio imenso para restaurar a paz e a tranquilidade em suas favelas e bairros.
Para mais detalhes, você pode acompanhar as atualizações no site do G1.
 
 
 
 

