No dia 31 de outubro, o Papa Leão XIV se reuniu com membros do Órgão Consultivo Internacional da Juventude no Vaticano, enfatizando a urgência de amplificar as vozes dos jovens, especialmente os que enfrentam desigualdades. Durante o encontro, ele não apenas entregou seu discurso, como também compartilhou reflexões relevantes sobre participação, sinodalidade e o papel missionário da juventude.
O papel do jovem na Igreja
O Órgão Consultivo Internacional da Juventude, vinculado ao Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, tem como missão comunicar à Santa Sé a perspectiva jovem sobre temas centrais da Igreja. O Papa destacou que os jovens devem se sentir parte ativa da missão e da vida eclesial, uma atividade que se estende a todos os cantos do planeta.
“A verdadeira participação na Igreja tem suas raízes na espiritualidade e não em ideologias ou políticas”, afirmou Leão XIV, ressaltando que estar próximo a Jesus implica em levar os problemas do próximo e desenvolver um senso de empatia que é, segundo o Papa, um sinal de maturidade.
A importância da sinodalidade
Um dos pontos centrais abordados foi a sinodalidade, que o Papa definiu como uma forma de viver a comunhão da Igreja. Ele enfatizou que a Igreja sinodal é um espaço onde as vozes dos jovens são não apenas ouvidas, mas valorizadas e respeitadas. “Queremos ouvir o que o Espírito Santo diz aos jovens”, disse, pedindo que eles se tornem porta-vozes dos mais vulneráveis, como refugiados e aqueles que enfrentam dificuldades em acessar oportunidades educacionais.
“A Igreja sinodal não deve ser um espaço de isolamento de fé, mas um convite à vivência comunitária”, alertou o Papa. Ele sublinhou que muitos jovens têm encontrado a fé por meio das redes sociais, mas que essa conexão não deve se tornar um fenômeno isolado e individualista. “A fé precisa ser vivida em comunhão com outros, nas situações concretas da vida, para que não se torne uma experiência somente mental ou emocional”, acrescentou.
Missão e criatividade
Por fim, Leão XIV focou na missão, afirmando que a sinodalidade deve derivar em ações concretas. “A tarefa missionária dos jovens é fundamental para tornar o Evangelho presente no mundo contemporâneo”, disse, enfatizando a necessidade de um coração aberto, capaz de escutar tanto as inspirações do Espírito quanto as aspirações de cada pessoa.
O Papa encorajou os jovens a se tornarem “mestres de criatividade e coragem”, capazes de seguir novos caminhos e de não permitir que o medo os impeça de responder ao chamado de Deus. Essa disposição é essencial para que possam contribuir para a renovação da Igreja e para uma sociedade mais justa.
Este encontro, portanto, não apenas reforçou o chamado do Papa aos jovens, mas também lembrou do papel crucial que cada um pode desempenhar na construção de uma Igreja mais inclusiva e que escuta a todos.
O convite do Papa é claro: é hora dos jovens se erguem como vozes de esperança e transformação, um chamado que ressoa em tempos de desafios globais.
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