A modelo plus-size Tess Holliday relatou uma experiência recente de assédio durante um voo da United Airlines, onde um comissário fez comentários fatofóbicos após ela precisar usar o banheiro. Holliday, de 40 anos, contou que, enquanto estava no toalete, seu quadril acidentalmente ativou o botão de chamadas da cabine, levando o comissário a conversar com ela ao sair.
Comentários fatofóbicos e impacto na autoestima
De acordo com Holliday, a conversa começou de forma cordial, mas logo tomou um rumo negativo. O comissário afirmou que ela parecia preocupada com seu filho e sugeriu que, se realmente se importasse, faria algo sobre seu peso. Ele também comparou sua esposa alemã, que, segundo ele, “não come alimentos processados”, por ser muito magra.
Durante o diálogo, o funcionário também afirmou que a “main issue” de Holliday estaria na região do ventre, descrevendo a gordura abdominal como “um risco fatal”. Ela afirmou que o clima da conversa foi “crazy fatphobic” e que ela tentou se manter polida por estar viajando com seu filho.
Repercussão e posicionamento
Holliday compartilhou o relato em seu TikTok, onde explicou que ficou sem saber o que dizer diante das declarações do comissário. Ela ressaltou que muitas pessoas a aconselharam a reagir de outra forma, mas ela preferiu manter a educação para não assustar seu filho, Bowie, de 9 anos.
Ela também criticou o momento atual da sociedade, que tende a valorizar a magreza como padrão de beleza, deixando de lado a positividade corporal e os corpos curvilíneos. “Percebo que as marcas não contratam mais modelos plus-size como antes, porque a cultura da body positivity não está mais na moda”, afirmou durante entrevista à Good Morning Britain.
Reação da companhia aérea e reflexão social
A United Airlines ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. Este episódio reacende o debate sobre o preconceito contra corpos diversos e a necessidade de combater atitudes fatofóbicas no ar e na sociedade.
Futuro e obstáculos para a representatividade
Recentemente, Holliday discursou sobre a baixa contratação de modelos plus-size por marcas e agências, refletindo uma queda na valorização da diversidade corporal na moda e na mídia. Ela destacou que o cenário continua desafiador para quem representa corpos diferentes do padrão magro e que é preciso avançar na aceitação e inclusão.
“Estamos vivendo um momento que marginaliza a diversidade, e isso precisa mudar”, concluiu a modelo em sua conta no Instagram.
 
 
 
 

