Brasil, 1 de novembro de 2025
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Membro do Comando Vermelho controlava câmeras de segurança no RJ

Operação da Polícia Civil revela controle de segurança pelo tráfico no Rio.

A recente megaoperação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28/10), revelou informações alarmantes sobre a estrutura do Comando Vermelho (CV). Segundo um inquérito, um membro da facção identificado como Juan Breno Malta Ramos, conhecido como “BMW”, tinha acesso a diversas câmeras de segurança nos Complexos da Penha e Gardênia, o que evidencia a influência e o domínio da facção em áreas estratégicas da cidade.

O poder de controle de BMW

Juan Breno, que atuava como “gerente do tráfico” na Gardênia Azul e chefe do grupo Sombra, responsável pelas expansões territoriais em Jacarepaguá, foi monitorado pelas autoridades após a obtenção de dados de seu celular mediante quebra de sigilo autorizada judicialmente. As informações obtidas demonstram o acesso a câmeras de monitoramento, algumas delas com sensor de movimentação, reforçando a assertiva da polícia sobre o controle territorial da facção.

“Juan Breno possui controle de diversas câmeras de monitoramento no Complexo da Penha e Gardênia. Estas câmeras comprovam o total domínio da facção nas localidades mencionadas”, esclareceram os agentes responsáveis pelo caso.

A ação policial e suas consequências

A operação denominada “Contenção” mobilizou cerca de 2,5 mil policiais civis e militares e teve como objetivo principal conter o avanço do Comando Vermelho, além de cumprir cerca de 100 mandados de prisão. O clima de tensão foi elevado, e o resultado trágico foi que o número de mortos subiu para 121, tornando essa operação a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro. Os dados foram atualizados pela Polícia Civil na manhã de quinta-feira (30), após novos registros de entrada no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto.

Uma figura de destaque no CV

As investigações apontaram que BMW tinha uma posição hierárquica bastante significativa dentro do Comando Vermelho, sendo considerado um dos homens de confiança de Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”. Sua atuação não se restringia apenas ao tráfico de drogas, mas também envolvia a expansão da facção na Zona Oeste do Rio, demonstrando um papel ativo em atividades criminosas que vão além da simples comercialização de substâncias ilícitas.

Além disso, as autoridades identificaram um arsenal impressionante em posse da facção, que inclui fuzis AK-47 e FN SCAR-L, evidenciando o poder bélico que o tráfico possui no estado. A Polícia Civil descreveu esse poderio como “incalculável”, assegurando que centenas de fuzis foram observados entre os diferentes membros da facção.

“O poderio bélico da facção é incalculável. Nas diversas análises, centenas de fuzis foram observados dentre os mais diversos personagens e em diferentes níveis de hierarquia, especificamente na análise telemática de ‘BMW’”, declara um trecho do relatório policial.

Treinamento de novos criminosos

A investigação também revelou que BMW estava envolvido na formação de novos criminosos, consolidando ainda mais seu alto grau de influência e hierarquia dentro do Comando Vermelho. Imagens e vídeos obtidos apontam que ele estava instruindo um membro do tráfico em um treinamento com fuzil no Complexo da Penha, reforçando a necessidade de uma resposta eficaz das forças de segurança pública.

Implicações futuras e a resposta da população

Depois do desmantelamento de parte da liderança do Comando Vermelho, a pergunta que permanece entre os cidadãos é: “Qual será a resposta das autoridades para conter a violência e a expansão do tráfico no Rio de Janeiro?” A operação teve um impacto significativo nas lideranças do crime organizado, mas a preocupação com a segurança pública continua. A população aguarda decisões firmes que previnam novas tragédias como as que tiveram os últimos dias.

A atuação da Polícia Civil e a consciência da sociedade sobre a problemática do tráfico no Rio de Janeiro são peça-chave nesta luta. Resta saber se as medidas implementadas a partir dessa megaoperação serão suficientes para trazer a paz tão desejada para as comunidades afetadas pela violência e pelo domínio do crime organizado.

Com a continuidade das investigações e a busca por mais informações sobre as estruturas do Comando Vermelho, a esperança é que o estado do Rio de Janeiro consiga, finalmente, um controle efetivo sobre a segurança pública.

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