Brasil, 31 de outubro de 2025
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Homem é preso no DF por descumprir medidas protetivas da ex-companheira

Um homem de 53 anos foi preso por ameaçar e descumprir medidas protetivas contra sua ex-companheira no DF.

Na tarde da última quarta-feira (30), um homem de 53 anos foi preso em Brazlândia, no Distrito Federal, após descumprir medidas protetivas concedidas pela Justiça à sua ex-companheira. O caso, que revela a gravidade da violência doméstica, destaca a importância da proteção jurídica para mulheres em situação de risco.

O descumprimento das medidas e as ameaças

De acordo com os relatos, o homem não apenas desconsiderou as ordens da Justiça, mas também proferiu ameaças graves à mulher, dizendo que “cortaria as pernas dela” caso o relacionamento não fosse reatado. Essas palavras não são apenas ameaças verbais, mas indicam um padrão de comportamento agressivo e controlador que se intensificou mesmo após o término do relacionamento.

Histórico de agressão e prisões

A prisão preventiva do homem ocorreu após um período em que ele já havia sido denunciado por várias agressões. Durante o relacionamento, ele ateou fogo na casa onde moravam e chegou a matar animais de estimação do casal. Tais atos evidenciam a violência constante que a mulher vivenciou e que a levaram a solicitar as medidas protetivas.

Após a prisão, o homem foi encaminhado para a carceragem da Polícia Civil do DF, onde permanece à disposição das autoridades judiciais. A situação suscita questões sobre a efetividade das medidas protetivas e a necessidade de um sistema mais robusto para proteção das vítimas.

Como denunciar e buscar ajuda

A crescente preocupação com a violência contra a mulher tem levado a sociedade e as autoridades a reforçar os canais de denúncia. É fundamental que as vítimas conheçam seus direitos e saibam onde buscar ajuda. As denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais:

  • Pelo número 190 da Polícia Militar, em caso de emergência;
  • Pelo número 197 ou através da delegacia eletrônica da Polícia Civil;
  • Em qualquer delegacia de polícia ou nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam);
  • Pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública, que possui um dígito exclusivo para mulheres em situação de violência.

Medidas protetivas: um direito das mulheres

Um aspecto fundamental que deve ser destacado é que as mulheres não precisam aguardar a ocorrência de um crime para solicitar uma medida protetiva. Situações como ciúmes excessivos, controle, perseguição ou ameaças já são motivos válidos para que a mulher busque segurança e proteção.

Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), o processo para requerer uma medida protetiva é mais simples do que muitos imaginam. O pedido pode ser realizado na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, através do site da Delegacia Eletrônica ou pelo número 197. A autoridade policial registrará o pedido e encaminhará ao juiz, que deverá analisá-lo em até 48 horas.

Caso as medidas já concedidas não sejam suficientes para cessar as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas mais adequadas, sendo importante também denunciar qualquer descumprimento das medidas, uma vez que este ato constitui crime.

A luta contínua contra a violência de gênero

A história deste caso em particular reflete um problema sistêmico enfrentado por muitas mulheres no Brasil. A luta contra a violência de gênero é uma responsabilidade coletiva e requer que todos estejam alertas e prontos para apoiar as vítimas. Medidas de prevenção e ações de conscientização são essenciais para criar um ambiente onde as mulheres se sintam seguras e protegidas.

A prisão do homem em Brasília reitera que as autoridades estão atentas e que as denúncias são fundamentais para garantir a proteção das mulheres. No entanto, a sociedade precisa continuar pressionando por mudanças que garantam não apenas punições, mas também a reabilitação de agressores e sistemas de apoio robustos para as vítimas.

É vital que cada um de nós entenda seu papel nessa luta e atue de maneira a fortalecer o apoio às mulheres que sofrem violência. O silêncio nunca é a resposta; ao contrário, ao falarmos e agirmos, podemos ajudar a mudar essa realidade.

Para mais informações sobre como denunciar e obter apoio, siga o canal do g1 DF no WhatsApp e mantenha-se informado sobre os serviços disponíveis.

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