Brasil, 31 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Gleisi Hoffmann critica governadores de direita e fala sobre segurança pública

Ministra-chefe criticou divisão política e falou sobre a PEC da Segurança Pública proposta pelo governo federal.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal, Gleisi Hoffmann, fez duras críticas ao posicionamento de governadores de partidos de direita no Brasil, afirmando que suas ações contribuem para a divisão do país e para discursos que podem levar a intervenções externas, especialmente dos Estados Unidos, em nações da América Latina. Durante um pronunciamento nas redes sociais, Gleisi defendeu que esses governadores deveriam colaborar com o governo federal para fortalecer propostas de segurança pública, especialmente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18, que visa modernizar a segurança no Brasil.

A crítica às divisões políticas

Em sua declaração, a ministra destacou que os governadores, ao invés de se unirem para o combate ao crime organizado, estão promovendo uma divisão política acentuada. “Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, disse ela.

A preocupação de Gleisi não é infundada, já que a dinâmica política dos EUA sob Donald Trump realmente envolveu intervenções militares sob a justificativa do combate ao narcotráfico. Recentemente, o presidente americano posicionou navios no Caribe, o que foi interpretado por muitos como uma tentativa de desestabilizar regimes, como o da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro.

Além disso, Gleisi comparou os governadores críticos da PEC a Eduardo Bolsonaro, que está residindo nos EUA e é acusado de fomentar sanções comerciais contra o Brasil. A ministra enfatizou: “Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky”.

A importância da segurança pública

“Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços”, completou Gleisi, ressaltando a necessidade de um esforço conjunto entre governo federal e estados para enfrentar a criminalidade.

O Consórcio da Paz e a resposta dos governadores

Em uma resposta ao chamado da ministra, sete governadores anunciaram a criação do “Consórcio da Paz”, um projeto visando fortalecer a integração e a troca de informações entre estados na luta contra o crime organizado. Reunidos no Rio de Janeiro, os governadores discutiram a abordagem conjunta para melhorar a segurança pública, destacando as ações realizadas nos complexos da Penha e do Alemão. Para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a operação deveria ser reconhecida como uma das mais bem-sucedidas até agora.

Contudo, a operação resultou em um número significativo de mortos e feridos, incluindo a morte de quatro policiais, e causou um clima de caos na cidade. A falta de prisão do principal alvo da operação — Edgar Alves de Andrade — levanta questões sobre a eficácia das estratégias adotadas para controlar o crime. Enquanto alguns governadores celebram a ação, outros questionam as diretrizes e a gestão da segurança pública vigente.

PEC da Segurança Pública em debate

A Proposta de Emenda à Constituição 18, apresentada pelo governo federal, gerou controvérsia entre os governadores. Eles argumentam que a proposta retira a autonomia de estados sobre suas polícias, um ponto que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou em suas críticas: “O único objetivo do governo federal é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública, que é uma determinação constitucional. Querem transferir nossa autonomia para se tornar diretriz geral do Ministério da Justiça”, afirmou.

Por outro lado, o governo federal defende que a PEC irá manter as autonomias das forças estaduais e distritais, e ainda será capaz de fomentar políticas mais eficazes e integradas na luta contra a criminalidade no Brasil.

À medida que o debate avança, a sociedade brasileira observa atentamente como os embates políticos influenciam diretamente na segurança pública e na estabilidade do país. O que se torna evidente é que a busca por soluções eficazes envolve não apenas a colaboração entre diferentes esferas do governo, mas também uma reflexão profunda sobre os impactos de decisões políticas que transcendem fronteiras.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes