Na reunião bilateral de quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu algumas concessões da China, mas também evidenciou a força de Xi Jinping na negociação. Promessas da China de controlar o comércio de fentanil, reduzir tarifas e aumentar compras de soja americana marcaram o encontro, que ainda não resultou em um acordo definitivo.
O balanço do encontro Trump-Xi e as consequências para a China
Trump afirmou que a reunião foi um sucesso, com declarações otimistas a bordo do Air Force One. No entanto, a ausência de um acordo abrangente revela que a China consegue manipular o ritmo das negociações, aproveitando sua posição de força para sustentar suas próprias condições.
Embora o presidente americano tenha obtido promessas de redução de tarifas e de maior importação de soja, a China manteve sua estratégia de fortalecer setores cruciais, como os minerais de terras raras, que representam uma vantagem competitiva significativa. Segundo analistas, o controle de Beijing sobre esses recursos é uma resposta à dependência dos EUA e uma manobra de fortalecimento em negociações futuras.
Xi Jinping e a estratégia de postura firme
O fato de Xi não ter se reunido com Trump até o final do seu mandato simboliza a nova postura da China, que não mais aceita seguir unilateralmente as demandas americanas. A alta autoridade chinesa reforçou seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico e o fortalecimento de sua economia, uma estratégia que foi reafirmada na recente sessão do Quarto Plenum.
Majoritariamente, Beijing demonstra que está no controle do seu próprio ritmo de negociações, enquanto se prepara para resistir a pressões externas, especialmente na questão dos recursos estratégicos. Especialistas alertam, contudo, para o risco de a China exagerar na sua postura de força, o que poderia gerar tensões adicionais.
Perspectivas futuras e riscos na trégua comercial
Embora muitos analistas sejam otimistas quanto aos efeitos da trégua comercial, permanecem dúvidas sobre a durabilidade do acordo e sobre possíveis rupturas no processo de negociações. Ainda assim, a expectativa é que a China se sinta mais fortalecida, sobretudo ao perceber que o aspecto econômico e político dos EUA hoje está mais alinhado com seus interesses.
Segundo especialistas, Trump oferece a Pequim uma oportunidade histórica de aumentar sua influência internacional, mesmo que o cenário ainda contenha incertezas quanto ao desfecho final. A gestão de Xi, que soube esperar seu momento, mostra uma China mais confiante e preparada para jogar o jogo global com força renovada.
 
 
 
 

