O Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, é um momento de reflexão e comunhão para os cristãos. Neste ano, Dom Roberto Francisco Ferreira Paz, Bispo de Campos, compartilha uma mensagem poderosa, ressaltando a bondade e a esperança que o cristão encontra na ressurreição de Cristo. Em um contexto de dor e saudade, essas palavras oferecem um verdadeiro consolo e renovação da fé.
A bondade da ressurreição
Em sua mensagem, Dom Roberto evoca a famosa expressão de São Francisco de Assis: “irmã morte”, que nos recorda que “é morrendo que se vive para a vida eterna”. Essa visão transformadora da morte, à luz da Páscoa do Senhor, se torna um convite à superação do luto, revelando que o fim da vida terrena é apenas um novo começo na beleza da existência plena em Cristo.
A morte, quando entendida sob essa perspectiva cristã, não é vista como um fim desesperador, mas como uma passagem cheia de esperança. “A bondade divina não nos deixa solitários no Vale do Sheol, mas conduz-nos ao encontro feliz da comunhão dos Santos”, afirma o Bispo, reforçando o conceito de que a morte não consegue separar aqueles que se amam.
Reflexões sobre o cemitério
Dom Roberto faz uma bela analogia ao se referir ao cemitério como um “Campo Santo”, um espaço sagrado de espera e oração. Nesse ambiente, os fiéis se reúnem para lembrar e honrar seus entes queridos já falecidos, testemunhando que o amor é mais forte do que a morte. “Neste dia, reafirmamos que a esperança vence o vazio e a falta de sentido que, às vezes, permeia a vida”, diz o Bispo.
Para os cristãos, o Dia de Finados não é apenas uma data de luto; é uma celebração da vida eterna. “A esperança na bendita ressurreição da carne mostra-nos a reconciliação plena de tudo e de todos em Deus”, pontua Dom Roberto, destacando a importância de alimentar essa expectativa de reencontro na eternidade.
O chamado à contemplação
A mensagem de Dom Roberto encapsula um chamado à contemplação e ao desejo de um Novo Céu e uma Nova Terra, onde se realizará a justiça plena do Reino. Em um mundo onde a dor e a perda fazem parte da experiência humana, é necessário encontrar luz e conforto nas promessas de Deus.
As reflexões do Bispo nos lembram de que ser cristão é entender o segredo do grão que morre e brota para uma nova vida. À maneira de Karl Rahner, essa “explosão de vida” nos permite superar as barreiras do tempo e do espaço, buscando a comunhão com todo o universo em Deus. “Eu não morro, mas entro no oceano da misericórdia de Deus”, afirma Santa Teresinha, uma frase que ecoa a esperança que deve prevalecer no coração de cada fiel.
A mensagem de Jesus
Concluindo sua reflexão, Dom Roberto cita Jesus: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele” (Lc 20,38). Essa passagem bíblica encapsula a essência do Dia de Finados e nos convida a olhar para além da morte física, renovando a fé na vida eterna que Cristo nos prometeu. Ao lembrarmos de nossos entes queridos, somos convidados a celebrar a vida, a esperança e a certeza de que todos aqueles que amamos permanecem vivos em Cristo.
Portanto, neste Dia de Finados, somos chamados a refletir sobre a luz da ressurreição, a bondade divina e a esperança inabalável que nos une em fé e amor, mesmo diante da morte. Que a luz perpétua ilumine a lembrança de todos os que partilharam suas jornadas conosco.
Para saber mais sobre a mensagem de Dom Roberto, acesse o link da fonte.
 
 
 
 

