Brasil, 31 de outubro de 2025
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Desemprego no Brasil permanece em 5,6% e atinge mínima histórica

Taxa de desemprego se mantém em 5,6%, a menor desde 2012, segundo dados do IBGE.

A taxa de desemprego no Brasil se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo a mínima histórica registrada em agosto. Essa taxa é um indicativo de que o país continua a enfrentar uma recuperação econômica significativa, refletindo o nível mais baixo de desemprego desde que a série histórica começou em 2012. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 31 de outubro, e representam um marco importante para a economia brasileira.

Desemprego reduz e ocupação mantém nível elevado

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desemprego se mostrou favorável em comparação com os trimestres anteriores. Em junho de 2024, o índice estava em 5,8%, e no mesmo período do ano passado alcançou 6,4%. “O nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, destacou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, refletindo uma tendência otimista no mercado de trabalho.

Com 6,04 milhões de brasileiros desempregados, a população desocupada caiu 3,3% no último trimestre e apresenta uma significativa redução de 11,8% em relação ao mesmo período de 2024, o que representa menos 809 mil pessoas. Ao mesmo tempo, a população ocupada, estimada em 102 milhões de pessoas, permanece estável. O nível de ocupação, por sua vez, está em 58,7%, mantendo-se praticamente inalterado ao longo do trimestre, mas apresentando um aumento de 0,3 pontos percentuais em comparação com o ano passado.

Empregos com carteira assinada atingem novo recorde

Um destaque relevante do relatório é que o número de empregados com carteira assinada atingiu um novo recorde, com 39,229 milhões de brasileiros em empregos formalizados. Comparado ao ano passado, houve um aumento de 2,7%, o que equivale a 1 milhão de novas contratações. Apesar disso, o número de empregados sem carteira de trabalho no setor privado manteve-se estável, contabilizando 13,5 milhões de pessoas. A taxa de subutilização também diminuiu para 13,9%, sendo a mais baixa da série histórica da Pnad Contínua.

Além disso, a população fora da força de trabalho aumentou, alcançando 65,9 milhões de brasileiros, com um crescimento de 0,6% no trimestre e 1,2% no ano. Isso indica um aumento na quantidade de indivíduos que, por vários motivos, não buscam ativamente um emprego no momento, refletindo dinâmicas mais complexas do mercado de trabalho.

Informalidade e qualidade do emprego

A taxa de informalidade no Brasil permaneceu em 37,8%, contabilizando aproximadamente 38,7 milhões de trabalhadores em condições informais. Essa taxa é um reflexo da necessidade de melhorias nas condições de trabalho e da necessidade de fortalecer o segmento formal do mercado. A população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego por motivos diversos, caiu para 2,637 milhões, mostrando uma diminuição desde o seu auge durante a pandemia.

Os trabalhadores por conta própria também se mantiveram estáveis, com 25,9 milhões de pessoas, representando um crescimento de 4,1% em comparação ao ano anterior. O cenário atual do mercado de trabalho, apesar do avanço em alguns indicadores, ainda apresenta desafios significativos, demandando atenção especial das políticas públicas para garantir que essa recuperação seja sustentável e inclusiva.

Rendimentos dos trabalhadores

Os rendimentos médios dos empregados ficaram em R$ 3.507, valor que se manteve estável no trimestre, mas cresceu 4% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimentos totalizou R$ 354,6 bilhões, também mantendo estabilidade no trimestre, mas com um crescimento de 5,5% no ano, o que pode indicar uma ligeira melhoria nas condições econômicas da população.

Olhando para frente, os dados revelam que, embora o panorama do desemprego tenha mostrado sinais animadores, a necessidade de enfrentamento da informalidade e a criação de mais empregos de qualidade continuam a ser prioridades cruciais para assegurar um futuro sustentável ao mercado de trabalho brasileiro.

Com a taxa de desemprego estabilizada, a recuperação econômica poderá se fortalecer, levando a um ciclo positivo de crescimento e desenvolvimento para o Brasil nos próximos anos.

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