A partir da próxima quinta-feira, 6 de outubro, Belém, no Pará, se tornará o centro das discussões sobre mudanças climáticas com a realização da Cúpula do Clima. O evento, que promete reunir delegações de 143 países, contará com a presença de 53 líderes de nações, incluindo presidentes e primeiros-ministros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá as atividades da cúpula e, em paralelo, promoverá um almoço com os colegas para debater formas de financiamento para ações climáticas.
Importância da Cúpula do Clima
A Cúpula do Clima atua como um importante evento preparatório para a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP). A reunião trará à tona discussões cruciais sobre como os países podem colaborar e implementar políticas eficazes para enfrentar a crise climática. O Itamaraty, por sua vez, anunciou que o presidente Lula deverá se reunir em caráter bilateral com diversos líderes, embora não tenha revelado quais países participarão dessas conversas. O embaixador Maurício Lírio, responsável pelas negociações brasileiras na COP30, ressaltou que a cúpula será “muito representativa”.
Fundo Tropical de Florestas: Iniciativa brasileira para a preservação ambiental
No mesmo dia da abertura da cúpula, Lula também fará um almoço dedicado ao Fundo Tropical das Florestas (TFFF). Esta iniciativa busca implementar um modelo de financiamento que recompensa os países que preservam suas florestas tropicais, um tema central nas discussões ambientais atuais. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que o evento será uma oportunidade para transmitir uma mensagem clara sobre a urgência de se afastar dos combustíveis fósseis e promover energias renováveis.
Mensagem clara contra combustíveis fósseis
Marina Silva, que tem se mostrado contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, afirmou que a cúpula será um palco para os líderes expressarem seu compromisso com a redução do uso de combustíveis fósseis. “Não me apego à linguagem, digo que é para o fim mesmo do uso dos combustíveis fósseis. Precisamos que os chefes de Estado cheguem com uma mensagem clara para a COP”, enfatizou a ministra.
Avanços ambientais do Brasil
Apesar das críticas, é importante ressaltar que o Brasil tem colhido resultados positivos no combate ao desmatamento. Recentemente, dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostraram uma redução significativa do desmatamento na Amazônia e no Cerrado. “O Brasil está liderando pelo exemplo. Temos um compromisso sério de desmatamento zero até 2030. Na última análise, observamos uma redução de 11,8% no desmatamento da Amazônia comparado ao ano de 2024 e 11% no Cerrado. Em relação a 2022, tivemos uma queda de 50%”, destacou Marina Silva, celebrando as recentes conquistas.
Expectativas para a COP30
Com a aproximação da COP30, a Cúpula do Clima em Belém é vista como fundamental para fortalecer a colaboração internacional em torno das questões climáticas. Além de financiar ações de preservação, o evento servirá como um fórum para discutir estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas que já causam graves impactos em várias regiões do mundo. Espera-se que os líderes presentes usem a plataforma para apresentar compromissos concretos e traçar novos caminhos para um futuro mais sustentável.
A Cúpula do Clima, portanto, não se limita a ser um encontro protocolar, mas é uma ocasião decisiva que poderá influenciar as políticas ambientais de diferentes países e contribuir para o bem-estar do planeta.
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