Brasil, 31 de outubro de 2025
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Cresce o superendividamento e a agiotagem em Roma

Relatório da Fundação Salus Populi Romani revela aumento de dívidas entre famílias, especialmente em tempos de inflação.

Recentemente, foi apresentado o relatório de 30 anos da Fundação Salus Populi Romani, que traz dados alarmantes sobre o crescimento do superendividamento e da usura em Roma. Segundo o documento, a inflação e a falta de renda têm levado muitas famílias a buscar empréstimos, frequentemente abusivos, para conseguir arcar com suas despesas diárias. A Caritas Roma ressalta que essa situação afeta principalmente famílias com uma única fonte de renda, que se veem em dificuldades financeiras acentuadas.

Dados sobre superendividamento em Roma

O relatório revela que, em 2023 e 2024, a Fundação respondeu a 400 pedidos de ajuda, envolvendo um total de 993 pessoas, sendo 156 delas menores de idade. Das solicitações, 282 foram atendidas, destacando a importância da assistência prestada por meio de escuta, orientação e apoio financeiro quando possível.

Histórias de superendividamento

No documento, são citadas “centenas de histórias feitas de erros, de incompreensões”, que refletem a realidade de muitos que, em situações de vulnerabilidade, acabam tomando decisões precipitadas. Fatores como a perda de emprego, as dificuldades financeiras decorrentes da pandemia de Covid-19 e a inflação têm contribuído para o aumento do número de dívidas. O desafio consiste em evitar que essas histórias se tornem ciclos viciosos de endividamento.

Quem são os afetados?

A análise dos pedidos de ajuda mostra que 51% foram feitos por homens, enquanto 49% foram solicitados por mulheres, com a grande maioria sendo de nacionalidade italiana. Dados estatísticos indicam que 70% dos casos atendidos vêm da cidade de Roma, 18% da província e 12% de outras localidades do Lácio. A maioria dos assistidos tem entre 50 e 60 anos e trabalha de forma estável, com rendimentos que variam entre €1.500 e €2.000. Destes, cerca de 33% são famílias e 26% vivem sozinhos.

Como a Fundação Salus Populi Romani ajuda

A Fundação tem se mostrado uma rede de apoio essencial, acolhendo 286 pessoas. Em 56% dos casos, foi prestado auxílio financeiro, enquanto 44% receberam consultoria e orientações. Em alguns casos, as pessoas foram capazes de encontrar soluções por conta própria, destacando a importância de uma orientação correta e do gerenciamento adequado das finanças.

O papel da Caritas Roma

Giustino Trincia, diretor da Caritas Roma, enfatiza a gravidade da situação, alertando que, além do superendividamento, é crescente a incidência de dívidas decorrentes de jogos de azar. Ele aponta que muitas vezes o Estado alimenta esse ciclo. “Tivemos diversos pedidos de moratória para despejos, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades econômicas, mas esses apelos não foram atendidos”, lamenta.

Reflexões finais sobre a crise do superendividamento

O relatório da Fundação não apenas apresenta dados, mas também se torna uma oportunidade de reflexão e esperança para aqueles que lutam contra as dívidas e a usura. Cada história assistida pela fundação é uma prova de que, com apoio e orientação, é possível superar as adversidades. No contexto do Jubileu, é crucial que a sociedade se una para enfrentar a crise de superendividamento, oferecendo soluções práticas e humanizadas para aqueles que necessitam de ajuda.

Enquanto as entidades de apoio se esforçam para entender e resolver esses problemas, a necessidade de medidas eficazes por parte do governo torna-se cada vez mais evidente. O combate à usura e ao superendividamento é, sem dúvida, um desafio que exige compaixão e ação conjunta em Roma e em outras partes do mundo.

Para mais informações, acesse o relatório completo.

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