Durante sua campanha à prefeitura de Nova York, Zohran Mamdani enfrentou ataques absurdos nas redes sociais, agora chegando ao auge com uma controvérsia sobre o uso do termo “tia” em um discurso sobre islamofobia.
Confronto com a família e a definição cultural de parentesco
Ao mencionar sua tia, Zohran explicou que se tratava de Zehra Fuhi, prima do seu pai, que faleceu há alguns anos. No entanto, conservadores reagiram de forma agressiva ao afirmarem que ele “mudou sua versão” sobre o relacionamento familiar.
“O que impressiona é a mente fechada de quem não entende as diferenças culturais sobre parentesco”, comenta a especialista em estudos culturais, Marina Almeida. Para ela, em várias culturas, como a samoana, qualquer pessoa na faixa etária similar à dos pais é automaticamente considerada tia ou tio, independentemente do grau de parentesco sanguíneo.
Reação exacerbada e ataques por motivos políticos
Mesmo após a explicação de Zohran, figuras como o senador Ted Cruz entraram na polêmica, descontextualizando suas palavras e alimentando uma onda de ataques que parecem mais motivados por interesses políticos do que por críticas legítimas.
Participantes das redes sociais, especialmente usuários do X (antigo Twitter), têm apoiado o deputado, exaltando que a focar-se nessa questão mostra uma superficialidade surpreendente no debate público.
Reflexões sobre cultura e polarização
Esta controvérsia evidencia a confusão cultural presente no debate político americano. Como uma mulher samoana, a autora reforça que, em muitas culturas, chamar os familiares mais velhos por nomes como “tia” ou “tio” é uma questão de respeito e não de literalidade.
“Se usássemos essa lógica, não poderíamos sequer chamar nossos tios e tias de forma carinhosa, pois em muitas famílias isso é norma”, explica a autora, destacando a diferença entre relações culturais e interpretações americanas mais rígidas.
Conseqüências da histeria e perspectiva social
Enquanto alguns usam o episódio para ridicularizar Mamdani, outros veem nisso um reflexo de como a polarização impede debates mais sensatos, levando a ataques gratuitos e a uma perda de foco em questões realmente importantes.
O episódio reforça a necessidade de maior compreensão cultural e de resistência às fake news e interpretações equivocadas que só alimentam o conflito político.
O que você acha de toda essa confusão? Deixe sua opinião nos comentários abaixo e participate do debate!
