Brasil, 31 de outubro de 2025
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Brasil registra queda de 11% no desmatamento entre 2024 e 2025

Dados do Inpe revelam recuo no desmatamento, mas o país ainda enfrenta desafios de preservação e políticas ambientais consistentes

O Brasil apresentou uma redução de 11% no desmatamento entre 2024 e 2025, segundo dados divulgados ontem pelo sistema Prodes do Inpe, que monitora a região por satélite. O número aponta a destruição de 5.796 km² de floresta, uma melhora significativa diante da temporada de incêndios e do avanço do fogo, que, se não fosse esse fator, teria reduzido ainda mais o desmatamento.

Desempenho recente e trajetória histórica do desmatamento

O resultado impressiona ao considerar o histórico recente. Após uma queda de 80% no desmatamento durante a gestão de Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente, no primeiro governo Lula — que se estendeu até o governo Dilma Rousseff —, a devastação começou a crescer novamente ao final desse ciclo. Essa alta se consolidou durante os governos de Michel Temer e atingiu seu pico na gestão de Jair Bolsonaro, com quase 11 mil km² de floresta destruídos em 2022.

De volta à baixa:** impacto das ações governamentais

Desde o início do atual governo Lula, a curva do desmatamento vem caindo, chegando a ser metade do registrado na gestão anterior. Ainda que os números indiquem um problema resistente, eles comprovam que a decisão política fez diferença. O fortalecimento do Ibama, do Inpe e de outros órgãos de controle, que retomaram sua autonomia, foi fundamental para esse avanço.

Contrastes entre governos e o papel do enfrentamento

Durante a gestão Bolsonaro, houve confronto com o Inpe, a demissão do diretor da instituição, perseguição a fiscais do Ibama e encontros oficiais com grileiros e madeireiros investigados pela Polícia Federal. A mensagem era clara: o desmatamento, de alguma forma, compensava interesses econômicos. Já sob o atual governo, o foco é o fortalecimento da Funai, a retomada do diálogo com os povos indígenas e a implementação de políticas ambientais sólidas, que vêm revertendo uma tendência de alta iniciada quase uma década atrás.

Contexto internacional e a importância da preservação

Essa notícia chega num momento crucial, às vésperas da Conferência do Clima (COP), onde a discussão global se volta para metas de redução de gases de efeito estufa, proteção das florestas e conservação dos oceanos. Os avanços brasileiros reforçam a importância de ações concretas em prol do meio ambiente, mesmo diante de retrocessos passados.

Perspectivas futuras e desafios

Apesar dos bons resultados atuais, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na preservação das suas florestas. O debate sobre os subsidíos ao carvão e outras atividades econômicas prejudiciais ao meio ambiente mostra que há contradições entre avanços e retrocessos. A vitória ambiental, portanto, deve ser consolidada com a manutenção de políticas públicas consistentes e fiscalização rigorosa.

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