Brasil, 30 de outubro de 2025
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Trump e Xi Jinping anunciam acordo parcial após reunião na Coreia do Sul

Presidente dos EUA e líder chinês negociam trégua comercial e terras-raras em encontro marcado por otimismo e esperanças de negociações futuras

Aos poucos, Estados Unidos e China tentam restabelecer relações comerciais após reunião bilateral nesta quinta-feira, na Coreia do Sul. Trump e Xi Jinping, que se encontraram pela primeira vez em seis anos, buscaram reduzir tensões e estabelecer uma trégua na guerra comercial que impacta o mercado global.

Acordos e principais discussões entre Trump e Xi Biden

A reunião, que durou menos de duas horas, resultou em declarações de otimismo dos líderes. Donald Trump, que deixou a Coreia do Sul logo após o encontro, anunciou à imprensa ter chegado a um acordo com Xi Jinping sobre terras-raras e tarifas relacionadas ao fentanil.

“Eu coloquei uma tarifa de 20% na China por causa do fentanil entrando, que é uma grande tarifa. Mas [decidi] reduzir para que seja 10%, com efeito imediato”, declarou Trump, acrescentando que as tarifas sobre terras-raras também foram resolvidas de forma positiva. “Tudo relacionado aos elementos de terras-raras foi resolvido, e isso vale para o mundo”, afirmou o presidente norte-americano.

Redução de tarifas e acordos comerciais

Segundo Trump, os Estados Unidos e a China possuem um acordo comercial que pode ser assinado em breve, com possibilidades de renovação anual. “Temos um acordo. Agora, todos os anos vamos renegociar o acordo, mas acho que o acordo vai durar muito tempo”, disse, destacando a compra de grandes quantidades de soja pelos chineses, que cessou em maio após a imposição de tarifas norte-americanas.

Trump revelou ainda que visitará a China em abril do próximo ano, e que Xi Jinping visitará os EUA posteriormente. “Eu irei para a China em abril, e ele virá aqui algum tempo depois disso, seja na Flórida, Palm Beach ou Washington, DC”, afirmou.

Contexto geopolítico e estratégias envolvendo terras-raras

A reunião ocorre em um momento de forte disputa por terras-raras, materiais essenciais para a indústria tecnológica e defesa, cuja China monopoliza virtualmente as exportações. Após o anúncio de restrições às exportações de terras-raras por Pequim, em resposta às tarifas de Trump, a tensão aumentou, conforme relata a BBC Mundo.

O último teste nuclear da China foi realizado em 1996, enquanto os EUA fizeram seu último teste em 1992, conforme dados do Boletim de Cientistas Atômicos. A estratégia de Xi Jinping de buscar uma parceria de maior peso mundial foi reforçada ao afirmar que Estados Unidos e China “devem ser parceiros e amigos” e trabalhar juntos por objetivos comuns, segundo declarou ao presidente norte-americano.

Perspectivas futuras e impacto global

Antes do encontro, Trump anunciou a retomada dos testes nucleares dos EUA, em resposta às ações da Rússia e da China, que testaram drones e armas de destruição nuclear. Apesar das tensões, os líderes mostraram disposição para cooperação em temas estratégicos, incluindo o comércio de soja e a responsabilidade internacional.

Segundo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a próxima visita de Xi à América será um evento importante para consolidar o entendimento. Ainda assim, o acordo entre os dois países permanece em fase inicial, com desafios à frente.

Para mais informações, leia a reportagem completa no O Globo.

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