A modelo plus-size Tess Holliday revelou uma experiência negativa a bordo de um voo da United Airlines, na qual um comissário de bordo fez comentários fatofóbicos e mal-educados durante uma conversa no banheiro. Holliday, conhecida por sua atuação na luta pelo corpo positivo, afirmou que a abordagem do funcionário foi inadequada e desrespeitosa.
Detalhes do incidente e comentários fatofóbicos em voo
Holliday contou em seu TikTok ([vídeo disponível aqui](https://www.tiktok.com/@tessholliday/video/7563389636010085662)) que, ao sair do banheiro, o comissário de bordo começou a conversar com ela. A conversa, inicialmente cordial, passou a ser marcada por comentários injustos. Ele mencionou sua irmã, que também foi descrita como “muito, muito, muito grande”, afirmando que ela precisava emagrecer.
O funcionário ainda fez comentários pessoais, dizendo que sua esposa alemã, que pesa menos de 45 kg, consegue se manter magra por evitar alimentos processados. Ele sugeriu que o principal problema de Holliday estaria na região abdominal, classificando a gordura na barriga como uma “matadora”. “Você não deve dizer ou fazer essas coisas com as pessoas”, afirmou a modelo. “Estava tentando ser educada porque estava viajando com meu filho”, explicou.
Recepção da comunidade e posicionamento da empresa
Após o ocorrido, Holliday criticou a postura do funcionário e falou sobre o momento delicado de sua trajetória como modelo plus-size. Ela destacou que, embora muitos a incentivem a responder de forma mais dura, ela preferiu manter a postura para proteger seu filho e evitar maiores conflitos. “Não sei o que teria acontecido se eu tivesse reagido de outra forma”, afirmou.
Apesar de não ter recebido um posicionamento oficial, a United Airlines afirmou que não comentaria o caso. A atitude do comissário, segundo Holliday, reflete uma realidade preocupante: a diminuição da presença de modelos curvilíneas no mercado, onde a cultura da positividade corporal tem sido substituída por um padrão de beleza mais magro, mais “aceitável” para muitas marcas.
Contexto e impacto na luta pelo corpo positivo
Holliday afirmou que a experiência reforça a necessidade de combater a fatofobia e promover uma cultura de respeito e inclusão. “As pessoas precisam entender que comentários assim são cruéis e prejudiciais”, disse. Ela também pontuou que a questão não se limita à indústria da moda, mas reflete uma mudança social que desvaloriza corpos maiores e previne a diversidade.
Próximos passos e reflexões
Ela finalizou seu vídeo dizendo que irá seguir denunciando fatos semelhantes e incentivando uma sociedade mais empática. “Precisamos nos unir para acabar com o preconceito e a discriminação contra corpos de todos os tamanhos”, concluiu.
Este caso reacende o debate sobre o respeito no ambiente de trabalho e nas interações cotidianas, além de reforçar a importância da luta por inclusão e igualdade na sociedade brasileira.
 
 
 
 

