No último dia 18 de outubro, o renomado cantor e compositor Lô Borges foi hospitalizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, após ter sido diagnosticado com intoxicação medicamentosa. Desde então, seus fãs e admiradores têm estado atentos à evolução de seu estado de saúde. Recentemente, a família do artista compartilhou boas notícias, indicando que o músico apresentou melhoras significativas.
Estado de saúde e tratamento
Em comunicado à Rádio Itatiaia no dia 29 de outubro, os familiares de Lô Borges informaram que, apesar de seu quadro ainda ser considerado delicado, ele teve uma noite tranquila e sem intercorrências. “Continuamos crendo em sua plena recuperação”, afirmou a família, levando alívio aos fãs e à comunidade musical que torce pela recuperação de um dos ícones da música brasileira.
Foram realizados procedimentos médicos, incluindo uma traqueostomia, para estabilizar o quadro respiratório do cantor, que vinha enfrentando dificuldades para respirar. O tratamento intenso e a presença constante dos familiares têm contribuído para que Lô mostre sinais de recuperação.
Uma vida dedicada à música
Lô Borges, cujo nome de nascimento é Salomão Borges Filho, nasceu em Belo Horizonte em 10 de janeiro de 1952. Ele é um dos principais nomes do movimento Clube da Esquina, que revolucionou a música popular brasileira nos anos 70 ao misturar influências do rock, jazz e da MPB. A sua trajetória musical começou ainda na juventude, quando se reunia com amigos para tocar e discutir sobre música.
Em parceria com Milton Nascimento, Lô lançou o icônico álbum “Clube da Esquina” em 1972, considerado um dos maiores discos da história da música brasileira. Entre as composições mais marcantes do álbum estão “O Trem Azul” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, que refletem a riqueza poética e musical do artista.
Períodos de reflexão e retornos à música
Após o sucesso inicial, Lô Borges optou por se afastar temporariamente da carreira, buscando um período de liberdade e autoconhecimento. Durante essa fase, viajou pelo Brasil, vivendo um estilo de vida simples e nômade. Sua volta à música se deu em 1978, com a participação no álbum “Clube da Esquina 2” e, no ano seguinte, lançou o disco “A Via Láctea”, que solidificou sua sonoridade delicada e poética.
Nas décadas seguintes, ele lançou quatro discos e manteve um ritmo mais discreto. Contudo, no início dos anos 2000, Lô retomou seu reconhecimento público com a canção “Dois Rios”, gravada pelo Skank. Em 2003, seu álbum “Um Dia e Meio” marcou uma nova fase criativa. Em 2011, “Horizonte Vertical”, contou com a participação de grandes nomes da música brasileira, reafirmando seu legado artístico.
Reconhecimento e influência
A influência de Lô Borges ultrapassa fronteiras. Recentemente, em 2018, Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys, citou o músico mineiro como uma das suas inspirações. Em 2019, Lô colaborou com Nelson Angelo no álbum “Rio da Lua”, e em 2020 lançou “Dínamo”, um disco de inéditas que destacou sua capacidade de inovação mesmo após décadas de carreira.
Os últimos anos foram marcados por lançamentos significativos, incluindo “Muito Além do Fim” em 2021 e “Não Me Espere na Estação” em 2023, que foi indicado ao Grammy Latino. O documentário “Lô Borges – Toda essa Água”, lançado no mesmo ano, trouxe à tona sua trajetória e contribuições à música brasileira, reafirmando sua relevância na cena musical.
Atualização e próximos passos
No futuro próximo, Lô Borges deve participar do espetáculo “As Cores do Clube da Esquina” no Palácio das Artes e tem um novo álbum, “Tobogã”, previsto para ser lançado em agosto, com letras da poeta Manuela Costa e participação especial de Fernanda Takai. A comunidade musical e seus fãs seguem em vigilância, torcendo pela sua plena recuperação e pela continuidade de sua rica história musical.


